terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Hoje sinto-me um lixo.


   Hoje sinto-me um lixo e talvez não devesse porque já passei por situações piores mas não aguento este sentimento cá dentro.

   Em busca de emprego, vou a uma entrevista para assistentes de marketing, cujas funções seriam assistir o director de marketing em campanhas, eventos, e-markting etc.. e no fim perco um precioso dia da minha vida a fazer porta-a-porta.
   Se não me vim embora mais cedo foi por respeito à formadora que acompanhava que acredita piamentte que bater a portas para ganhar 100€ por semana a recibos verdes lhe vai abrir as portas do mundo.
   É um trabalho, eu sei. E quem quer trabalhar, trabalha...também o sei, mas numa situação de desemprego sem subsidios, com contas e rendas para pagar, talvez estudos e passes sociais quem tem coragem de bater portas 16 horas por dia todos os dias da semana e fim de semana e receber nega atrás de nega?
   Eu não!
   Desculpem , mas não consigo. Hoje sinto-me menos de nada, sinto-me vexada, enganada, sinto que gozaram comigo, com o meu tempo e com o pouco dinheiro que posso dispensar em deslocações para entrevistas de trabalho.
  Já somos enganados de tantas formas, por favor não o façam também em anúncios de trabalho não dêm esperanças vãs a pessoas que realmente precisam e querem trabalhar e tem filhos para sustentar e tectos para manter sobre as suas cabeças.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

I miss us



   Tenho saudades minhas, daquela que era quando estava contigo. Há quem diga que essa era uma cabra, má, fria, insensivel, calculista e tantos outros defeitos, mas é dela que sinto falta.
   Este meu novo eu é apenas uma casca de tudo o que eu tinha conquistado. Sem ti sinto-me fraca. 
   Eu sei que é um contrasenso.
   Eu sei que aquela outra  que era forte e não precisava de nada nem de ninguém e ia à luta e conquistava todos os seus objectivos, essa era a que de mais apoio necessitava.
  Mas é como te digo, tenho saudades de ser aquela que era contigo. Hoje sinto-me cansada, não um cansaço fisico mas sim um cansaço da alma...o pior de todos.
  Sei que hoje estou mais forte pois sobrevivi e enfrento o mundo e o futuro sem ti, mas cada dia é uma batalha que me parece infundada.
   Hoje existe apenas uma sombra de mim. Alguém calmo, amoroso, apaziguador  e de bem com a vida...mas o brilho desapareceu, a minha chama apagou-se contigo.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Preciso de me re-inventar

   Preciso de tempo, até de mim mesma. Preciso de me afastar das minhas próprias cobranças,esperanças, sonhos e objectivos.     
    Preciso de me reconstruir, de me reinventar, de redefinir e  realinhar todas as coisas que me andam a tirar do sério e tu és uma delas.
   Dou por mim muitas vezes a centrar-me em sentimentos antigos e não deixo sequer espaço para novas vivências, novas experiências e novas sensações.
  Não me posso entregar assim. Não  me posso envolver demais nos nossos momentos....espero que me entendas.
  Sinto que dependo demasiado de ti, demais até para o meu gosto.
Só de pensar em te deixar sinto um aperto sufocante no peito, mas espero que entendas porquê me afasto.

   Preciso de me encontrar, de me amar talvez de me re-inventar e só depois poderei dedicar-me a alguém, amar alguém...amar-te a ti...regressar a nós.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Desilusão.....

  Um dia perguntaram-me se alguma vez me tinham desiludido profundamente, claro que a resposta foi positiva. Todos nós de uma forma ou outra alguma vez na vida sentimos o sabor amargo da desilusão. no entanto, no meu caso foi por pura teimosia em não encarar os factos.
  As pessoas só nos apanham desprevenidos e nos surpreendem pela negativa  se não os conhecermos bem ou, como no meu caso, ignorarmos todos os sinais de alarme.
  Quando ouvimos uma pessoa mentir constantemente a terceiros, contradizer-se, inventar uma vida fantasiosa para se fazer parecer com mais do que aquilo que é, do que estamos à espera?
   Essa pessoa vai, mais cedo ou mais tarde, arrancar-nos o coração e atirá-lo para o lixo.
   Na minha opinião evitar a desilusão é fácil, temos apenas de ser um pouco mais objectivos ao analisarmos quem nos rodeia e nunca em tempo algum achar que os outros agirão da mesma forma que nós, pois cada um tem a sua personalidade e lida com as situações da melhor forma que pode.

sábado, 5 de janeiro de 2013

A última lição do ano

   No último dia do ano decidi visitar o Zoo. Muito mais do que uma reminiscência da infância ou um recordar as belezas que connosco partilham este planeta, esta visita foi um abrir de olhos.
   Numa época em que todos se queixam, choram e não sabem o que fazer para combater a crise olhei para os "animais irracionais" enjaulados e em exposição para o nosso divertimento e pensei como eles eram realmente os mais inteligentes.
  A sua capacidade de adaptação, de suposta obediência ao homem, a sua capacidade de ser domado ou treinado não passa de uma fachada fantástica do reino animal.
   O homem adora o seu animal doméstico, cuida dele, alimenta-o, mima-o, brinca com ele e leva-o a passear porque não fazer o mesmo. - Pensou o animal selvagem.
   Posso viver em cativeiro e ser apreciado pelos filhos do homem, mas estou seguro aqui. Tenho alimentação garantida, não sou caçado, tenho veterinário e todas as minhas condições naturais de sobrevivência são providenciadas. Perfeito!

   Aqui está a lição, muitas vezes temos de dar um passo mais em frente e abdicar de um pouco da nossa essência para sobreviver ou para ser mais bem tratado.
  É essa a grande verdade dos habitantes do planeta terra, tem de se saber adaptar ao contexto inserido e evoluir...Afinal só o mais forte sobreviverá.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A nova geração e a inércia

   Que vivemos numa época de avanços tecnológicos e de facilitismos todos sabemos. Que apesar da "crise" o consumo de futilidades continua em alta e os i-devices esgotam em horas também o sabemos.
   Mas será que sabemos que andamos a criar perfeitos anormais?
   Há alturas em agradeço não ter filhos, pois os pobres seriam como os pais uns bichos muito estranhos aos olhos da sociedade e isso nunca é fácil.
  Não acho de todo normal que não haja um estimulo à acção, uma tomada de iniciativa, uma associação para uma qualquer brincadeira ou traquinice.
   Não...As crianças de hoje em dia são uns perfeitos Zoombies, dopados com excesso de açúcar, mimados em excesso e sem desejarem nada, porque basta abrir a boca e tudo lhes é entregue de bandeja.
   Neste Halloween, e bem sei que não é tradição nossa, decidi comprar uns doces extra lá para casa, na vã esperança que me tocassem à campainha para um "Doce ou Travessura". Disseram-me que era louca, que não havia essa tradição e eu pensava "pode não ser tradição mas de certeza que pimpolhos ávidos por doces vão tomar a iniciativa, unir-se e brincar um pouco mesmo que seja apenas no seu próprio prédio".
  Algumas horas depois fui recompensada, existe realmente iniciativa entre as gerações mais novas....gerações mais novas e de classes sociais baixas.
   Sim, crianças do bairro social vizinho tiveram direito a todos os meus doces enquanto que os restantes ficaram a chuchar no dedo.
   Volto a repetir, andamos a criar anormais sem iniciativa, sem ambição crianças que tendo tudo não desejam nada e nunca saberão , no futuro, conviver com a insatisfação de não atingir os seus desejos.