quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Almas gémeas

Será normal sentir-mos saudades de alguém que passou pela nossa vida apenas por alguns minutos? Eu creio que sim.
Por vezes há pessoas que por mais breve que seja a nossa interaccção nos marcam eternamente. Ah quem lhes chame almas gémeas.
Acredito ainda que podemos ter várias almas gémeas na nossa vida, porque todas as pessoas com quem nos cruzamos e que marcam profundamente a nossa vida são importantes á sua maneira.
Na minha vida creio que já encontrei pelo menos três almas gémeas diferentes - a alma gémea intelectual, a sexual e a sentimental.
Para alguns todas elas convergem numa mesma pessoa, para outros tomam a forma de amigos...bons e grandes amigos, a nossa maior riqueza.

A todas as minhas almas gémeas encontradas e por encontrar....um beijo daqueles.

Eu nunca te perdi

Nunca fui um herói
E nunca soube voar
E por trás dos meus olhos
Uns olhos serenos de mar
Que te vêem fundo num mundo
E em todo o lugar...

Sou memória de ti
Tu és poema de arara
Eu sou a sombra da fera
Que espera ou a voz do Guevara
Sou o silêncio que te canta e espanta
E nunca te agarra

Deixa a minha mão guiar o teu caminho
Não é a solidão que faz um homem sozinho
É a paz na dor que sei de cor
E o teu sabor
No céu que é meu
E onde grito...

Eu nunca te perdi
E nunca te deixei
Eu nunca te esqueci
Em ti eu repousei
Eu nunca te perdi
E nunca te deixei
Eu nunca te esqueci
Por ti eu despertei
Eu nunca te perdi

Já não sou o mesmo
Não sou mais o mágico
Que te encantou
Te levou ao deserto
Tão perto daquilo que sou
Que te fez forte
E rio e mar
Que agora secou
Eu ja não sou eterno
Sou mais uma página do teu caderno
Rasgada e arrancada
À força do vento
Tantas vezes escrita no carinho do tempo
E as noites perdidas que dizias que não
Janelas fechadas a esconder a razão

Deixa o meu olhar
Ser a luz da tua estrada
Não é ao acordar que o sonho é madrugada
É a paz na dor
Que sei de cor
E teu sabor
No céu que é meu
E onde grito...

Eu nunca te perdi
E nunca te deixei
Eu nunca te esqueci
Por ti eu despertei
Eu nunca te perdi
E nunca te deixei
Eu nunca te esqueci
Em ti eu repousei
Eu nunca te perdi
Eu nunca te deixei
Eu nunca te esqueci
Por ti eu despertei
Eu nunca te perdi

domingo, 20 de dezembro de 2009

Popota Vs Leopoldina


Para começar, fica aqui registado que ambos os animais nada tem a ver com o Natal e como tal não fazem sentido nenhum nesta época, dito isto, vou admitir que ADORO a Popota.
Oh que bichinha mais sensual, e ainda dizem que as magras é que são lindas. Tretas.
Prefiro mil vezes a Popota gorda, ubersexy e um bom exemplo para crianças que não querem ser influenciadas pela nossa sociedade esteriotipada do que uma Leopoldina que parece que tomou esteróides e participou no "Doutor preciso de ajuda".
Além de que para variar usam uma animação e para piorar um animação exclusiva da época natalícia para instigar crianças á violência, depois admiram-se que o "bulling" esteja a aumentar na cultura portuguesa.
A Popota é um pouco mais discreta, ou não repararam que no livro de receitas dela existem duas cujo ingrediente principal é carne de avestruz? Ah pois é....
Brincadeiras á parte, não custa nada ajudar quer comprando o livro de uma como de outra.

Beijos e Bom Natal

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Mais uma teoria da tanga.....


Este sábado, decidi desfrutar do meu sofá.
Vesti um pijaminha bem confortável, acendi a lareira, peguei no comando e preparei-me para uma tarde de pleno " dolce fare niente". Yammi.
Primeiro round de zapping. Nada. Segundo round de zapping. Nada. Terceiro round de zapping. Nada.

O drama. O horror. Duzentos e muitos canais de TV e nada para ver.AAAAAHHHHHHHHH. Como é que isto é possível?!
Não desisti e fiz mais um round. Nada.

E ai surgiu a teoria do dia ( mais uma)...será que nesta época natalícia os canais de televisão fizeram um acordo com os Centros comerciais? Sim, isso mesmo. Será que a falta de programas ou a falta de qualidade dos mesmos são propositadas? Tal como eu, outras pessoas podem ficar frustradas com a falta de programação adequada e sair para "espairecer" no centro comercial mais próximo, aproveitam e consomem.

UAU. Eles andam ai! Pena não serem mais inteligentes, porque pelo menos da minha parte não tiveram sorte nenhuma.

Sábado á tarde. Pijaminha. Sofá. Lareira. Um chá verde bem gostoso e ...um bom livro. AAAHHH! Dolce fare niente. Adoro.

Nota: A teoria não é minha....mas é muito boa. Obrigado P.

Causa e Efeito

Causa e efeito, uma das melhores teorias já desenvolvidas.

Em tempos aprendi a por-me mais em causa.
Sim, porque é muito fácil lamentarmos-nos e deitarmos as culpas da nossa insatisfação para cima dos outros, mas os único e exclusivos culpados dos nossos infortúnios somos nós mesmos.

Há alguns dias questionei uma amiga ( no contexto da situação que deu origem ao texto desabafo) porque razão seria que eu só atraia pessoas abusivas para o meu circulo de conhecimentos? Automaticamente cai em mim e fez-se luz. Há vezes em que basta proferirmos a duvida em voz alta para atingir-mos a iluminação.
A culpa é minha. Tenho a mania que vou conseguir fazer o melhor por certas pessoas, tenho a plena convicção que as vou conseguir mudar, motivar, inspirar, etc.

HHHHHHHHEEEEEEEEEEE!!!! Errado.

Ninguém muda a não ser que queira. Cem pessoas podem apontar para o mesmo defeito de um individuo, mas enquanto ele não tomar consciência por si do seu defeito NUNCA o irá corrigir.

Podemos tentar muda-lo na mesma? Podemos, Podemos TENTAR. Qual vai ser o resultado? uma total e profunda drenagem da nossa energia vital.

As pessoas que não querem mudar, geralmente porque acham que são as melhores , as mais espertas, as mais competentes etc..., vão continuar com essa convicção até perderem tudo , mas até lá vão drenar a energia de quem está por perto e nós com a nossa mania de tentar ajudar somos os primeiros a sofrer.

Porque é que eu atraio apenas pessoas de M..... para a minha vida? Porque sou burra. Porque tenho de me mentalizar que nem todos os seres humanos são bons e tem valores. Porque também eu falho... afinal sou apenas e só humana.

A vida è ....


Hoje enquanto falava com uma amiga revelei-lhe mais uma das minhas estranhas teorias:


" A vida é como um boomerang. Tu atiras emoções, acções etc para a vida, para o mundo e mais cedo ou mais tarde as mesmas ser-te-hão devolvidas".


Ela olhou para mim e respirou fundo. É uma das poucas pessoas que ouve certas teorias minhas e não me olha como se fosse louca. Ela sabe bem do que estou a falar. Ela está a experienciar o retorno das coisas boas que tem feito ao longo da vida.


Durante uma fase negra da sua vida, descobriu os verdadeiros amigos, descobriu que depois de perder todos os bens materiais ficou mais rica. Hoje recebeu uma óptima noticia. Passo a passo ela vai re-erguer o seu mundo e vai ela própria renascer das cinzas.


S. não te vou dar os parabéns pela conquista de hoje , ela é apenas uma ínfima parte do retorno que te é devido. Há tempos disse-te um passo de cada vez vamos conseguir evoluir. Um curto e muitas vezes doloroso passo de cada vez.

Disse-te ainda que tudo o que fazemos um dia é-nos devolvido a triplicar.

Hoje pergunto-te : "Não é bom saborear esse retorno?"


-----------------------


Nota: Para alguns o retorno da vida não é doce, é alias bem amargo. Mas cada um sabe de si e sabe as atitudes que quer tomar perante o mundo. Nestas alturas recordo uma das grandes lições de vida que o meu pai me deu : " És livre para fazer tudo o que quiseres, tens apenas a obrigação de estar pronta para receber as consequências dos teus actos".

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A vida é como o farmville...

Estava eu a plantar a minha quinta no facebook( sim confesso também sou viciada nas plantações), deprimida com a vida em geral e insatisfeita com a vida profissional, "quando me caiu a moeda"...
Concluí que tudo na vida é como o Farmville.
Temos de ter um terreno, começar por arar, para depois plantar. Temos de gerir bem o nosso tempo e dinheiro para que plantemos com consciência e vermos o nosso trabalho dar frutos e por defeito dar também lucro. Temos de ter Vizinhos/amigos, que nos vão dando prendas e ajudas que nos ajudam a crescer.
Aprendemos que ao ajudar também crescemos um pouco.
Com o tempo o nosso pedacinho de terra pode crescer e ser bem mais produtivo e quando pensamos que já não podia ser melhor , nem mais divertido eis que aparece uma novidade ou uma surpresa aliciante.

Na vida temos muito que aprender para podermos crescer. Temos de ajudar os amigos e ser ajudados. Temos de plantar errado e perder algum dinheiro para não cometer-mos os mesmos erros. Temos de ter calma e deixar a natureza seguir o seu curso natural e só quando estamos realmente prontos podemos subir de nível e aumentar a nossa área de acção.

Também como no farmville a gestão de tempo e recursos é imperativa. Tudo serve para aprender a crescer e não devemos nunca fechar os olhos a novas experiências.

Obrigado , Obrigado, Obrigado...

Obrigado S. pela compreensão e ajuda profissional. Sem ti não conseguiria ultrapassar tão rápido as barreiras da falta de formação profissional.

Obrigado CC, CG e SG por se revelarem colegas de boa indole e que me deram o vosso incondicional apoio quando menos esperava e mais precisava.

Obrigado SV, pela recuperação de uma amizade adormecida por pelo menos 10 anos de afastamento geográfico e que hoje se revela tão pura como nos primórdios e tão essencial para a minha recuperação de fé na raça humana. És linda, pura, uma grande amiga e uma excelente profissional.

Obrigado P. meu doce, minha vida pelo teu apoio incondicional em cada passo que dou, pela amizade e companheirismo da nossa relação. Obrigado ainda por seres tão inteligente e me dares luta durante as nossas intermináveis discussões sobre tudo. Adoro a tua cultura geral... e sim, tens razão... os nossos futuros filhos estão bem F***** com os pais que lhes calhou na rifa.

Obrigado família C. Vocês são simplesmente loucos e fantásticos.

Obrigado mundo por me ensinares algo novo todos os dias.

Curvo-me perante todos vós. Obrigado, Obrigado, Obrigado..... Estou grata por vos ter por perto.

Desabafo...

O mundo está repleto de pessoas más, abusadoras, ladrões, chulos. Não se limitam a drenar os nossos bens materiais, mas também nossa energia vital, a nossa confiança na humanidade, a nossa amizade e carinho por certas pessoas, o nosso amor própria e até mesmo o fruto e o amor que temos pelo nosso trabalho.
Recentemente cruzei-me com uma dessas pessoas e o que ela fez foi imperdoável. Há anos que não sentia tanta vontade de espancar alguém até a deixar irreconhecivel.
O meu impulso de raiva foi tão absurdamente violento que quase perdi a razão.

Sabem qual foi a sorte dessa pessoa??? Duas coisas: 1º Eu sou uma senhora; 2º Fui muito bem educada e formada pelos meus progenitores.

Eu sei que devo confiar um pouco mais na lei do retorno e ignorar os meus acessos humanos de violência. Mas foi difícil. Continua hoje a ser difícil passar pela referida criatura sem a empurrar para o meio da estrada e para a frente de um camião.

Mas tudo se paga mais cedo ou mais tarde e a verdade é que uma semana depois do mal feito a pessoa em causa já começou a sofrer o revés da medalha.

Dizem que a vingança é doce, não sei, ainda não me soube a nada. Não me sinto feliz com o mal dos outros, mas adormeço descansada ao saber que "Deus não dorme".

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Limpezas

Tal como fazemos limpezas de primavera ou verão nas nossas casas e limpamos sítios que habitualmente nem vêm a luz do dia e deita-mos fora coisas que acumulamos e nem sabemos porque, também devemos fazer o mesmo nas nossas vidas.
Há um ano atrás eu fiz a minha primeira limpeza nesse campo. Eliminei duas pessoas que me eram nocivas, eliminei hábitos menos saudáveis e deitei fora coisas que não eram as melhores para a minha vida. Um Ano depois o balanço continua positivo.

Não me arrependo de nada do que fiz em toda a minha vida. E recomendo vivamente as limpezas anuais.

Se há pessoas nocivas, ou chamados vampiros emocionais, se há pessoas más no local de trabalho, na nossa vida pessoal, se só praticamos certos actos ou nos sentimos piores quando estamos nas suas presenças, a solução é simples...ANIQUILAR POR COMPLETO DA NOSSA VIDA A ERVA DANINHA QUE NOS PERTURBA.

Custa! Doí horrores! mas o que realmente importa somos nós, a nossa sanidade mental. Se nós não estivermos bem, nada a nossa volta funciona.



Nota: Correcção...arrependo-me de uma única coisa na vida. De não ter comprado uns sapatos Versace que vi em saldos no México. Stupid me.

sábado, 10 de outubro de 2009

Um ano depois...


As minhas lágrimas chegaram ao Tejo.

Aquelas que toldaram a minha visão durante todo o caminho até aqui e que me parecem eternas apesar da viajem ter durado os mesmos 30 minutos de sempre.

As más noticias sabem-se sempre diz o povo e com toda a razão, mas muitas vezes antes delas chegarem já o subconsciente as conhece. Então porque custa tanto á alma receber uma noticia que já se sabia inevitável?!

As minhas lágrimas chegaram ao Tejo e misturaram-se com o seu sal.

Quando chegar á margem Sul terei de ser forte, coerente e fria o suficiente para enfrentar a realidade.

Tejo dá-me serenidade.



Um ano depois deste texto ter sido escrito, ainda não aceitei a cruel realidade. A mortalidade do ser humano não me assusta mas é difícil de enfrentar quando ocorre tão próxima.


Até um dia. Adoro-te.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Data de Aniversário

Nem todas as datas de aniversário são boas. E nem sempre a negatividade tem a ver com as rugas e número de velas que se sopra.
Hoje é um daqueles dias em que ao acendermos a TV nos torna-mos mais humanos e temos consciência da nossa mortalidade.
Confesso que o 9.11 (nine.eleven) a mim não me disse nada na sua data efectiva. Foi realmente um ataque bárbaro e mediático, mas que a mim só me atingiu quando me deparei com o "buraco".
Um ano depois dos atentados, estive em Nova York e como qualquer turista curioso fui ao local do WTC e deparei-me com o "ground zero" ( A zona de impacto) e o que vi fez-me descer á terra.
O tamanho daquele buraco é surreal, mas não atinge o tamanho do vazio que se instala no fundo do nosso coração e alma quando olhamos para ali e temos consciência da nossa pequenez física, mental e sentimental.
Para todos aqueles que compreendem aquilo que descrevo, um grande abraço.

Novo Look


Fiz muitas alterações na minha vida nos últimos dois meses, mas ainda falta qualquer coisa. Sendo gaija como sou faltava a mudança de visual a condizer com a nova vida.

Como em todos os outros campos da vida, a mudança de visual foi radical e como também não podia deixar de ser os comentários sucederam-se.



Mais uma vez questiono, porquê? Porquê as pessoas não olham apenas para a sua vida e se coíbem de fazer comentários desnecessários?

Inveja! Dizem vocês?! Inveja de quê pergunto eu. Não tenho nada de extraordinário na minha vida, então o que suscita tanta maldade.

Só pode ser mesmo falta do que fazer, não vejo qualquer outro motivo.



Mas isso agora também não interessa absolutamente nada. O que conta realmente é que fiz 30 anos há uns meses , não me transformei num monstro verde, e agora abracei definitivamente o novo estatuto que os trinta nos conferem. Por isso preparara-te mundo, porque aqui vou eu para mais um round e cada vez mais EU.



Más línguas, preparem-se vão ter muito do que falar....um pack de redbull se calhar dava-vos geito.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Pura maldade

Há dias estava no café com umas amigas em alegre cavaqueira numa daquelas conversas que não interessam a ninguém e onde não se aprende nada quando de repente olho para o lado e vejo um "olhar de pura maldade".
Na mesa ao lado estava uma jovem de vinte e poucos anos a olhar para o grupo com um ar capaz de os exterminar violentamente a todas ali mesmo, sem hipótese de defesa. E porque perguntam vocês?? Eu gostaria de saber responder mas sou incapaz.
Diz a sabedoria pessoal que a "galinha da vizinha é sempre melhor que a minha" mas há pessoas que exageram. Porque olhar para as pessoas daquela maneira quando certamente também tem momentos semelhantes?
Se os não tem a culpa será certamente dessa pessoa, que não os procura. Mas de qualquer das maneiras tenhamos ou não aquilo que observamos nos outros por que temos de mandar olhares terroristas para cima da felicidade dos outros??
Porque não podemos simplesmente metermos-nos na nossa vida e seguir caminho sem agoirar os outros?
Certamente essas pessoas tal como nós tem problemas, stresses e confusões e aquilo que menos precisam é do nosso negativismo a acumular mais má energias.
Por isso um alerta, se receberem um destes olhares voem para a praia mais próxima e dêem um mergulho para enxotar o mal e se algum dia derem por vocês a emitir um desses olhares , olhem para o vosso interior e agradeçam as coisas boas que tem na vossa vida, porque naquele momento elas podem não estar presentes, mas não é a carregar terceiros que elas aparecem ao nosso lado.

Saudade


Saudade é uma das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e também na música popular, "saudade", só conhecida em galego-português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor. A palavra vem do latim "solitas, solitatis" (solidão), na forma arcaica de "soedade, soidade e suidade" e sob influência de "saúde" e "saudar".
Diz a lenda que foi cunhada na época dos
Descobrimentos e no Brasil colônia esteve muito presente para definir a solidão dos portugueses numa terra estranha, longe de entes queridos. Define, pois, a melancolia causada pela lembrança; a mágoa que se sente pela ausência ou desaparecimento de pessoas, coisas, estados ou ações. Provém do latim "solitáte", solidão.




Hoje é um daqueles dias de desapego do mundo e das coisas. Sinto-me a pairar sobre a vida e sobre o mundo e sinto apenas Saudade de tudo, de todos, de mim.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Quem procura acha....

Quem procura acha, diz a sabedoria popular, mas é tão mais gratificante quando não procuramos, não forçamos e a vida nos dá uma prenda.
Andava eu triste e desiludida com aqueles pseudo amigos que todos temos e eis que me apresentam uma pessoa do nada, conversa de café vai , conversa de café vem. Ela tem um problema eu tenho a resposta. Ela tem um grande coração e recebe de braços abertos todas as directivas que lhe dou... Confia.
Obrigado Z. pela confiança.
Resultado:problema em resolução, um passo de cada vez para não se acabar por tropeçar no próprio. A vida tem mais cor para ela que está a começar a ver a luz ao fundo do túnel e para mim que ganhei um pouco mais de confiança no ser humano.
Não custa nada dar a mão sem pensar em retribuições e é tão bom receber depois um grande sorriso de gratidão seguido por uma amizade que será certamente duradoura.

A decisão do mês

A minha decisão para o mês de Agosto de 2009 é a seguinte - Vou deixar de dar a mão a pessoas que não são merecedoras de tal.
Estou cansada de me sentir frustrada com pessoas que se choram por falta de oportunidades e soluções e a quem apresenta-mos resposta para todas as problemáticas possíveis e imaginárias e depois arranjam desculpas para não aceitar essa solução porque a mesma envolve trabalho. Um Exemplo prático?? OK eu dou.
Quantas vezes não tivemos perto de nós um amigo ou conhecido que não tem emprego ou que não está satisfeito com aquilo que tem ?? Muitas, certo? E quantas vezes damos a cara por essas pessoas, marcamos entrevistas, movemos conhecimentos para os ajudar? Muitas, também! E no fim qual é o resultado? É pá eu até gostava mas...
MAS??? Mas o quê? F.....Dá vontade de dizer palavrões... se não queriam ajuda diziam, não andavam a chagar o juízo a uma pessoa, esta não se via de alguma forma obrigada a pensar no assunto e arranjar soluções e no fim não se sentia frustrada pela falta de interesse para já não falar na falta de consideração, das pessoas que tentámos ajudar.
Bolas ... é realmente frustrante. Desde quando o ser humano passou a ser um sanguessuga emocional e não um animal racional??
O problema está é claro em nós mesmos. Óbvio. O meu problema neste caso é que sou muito racional e gosto de dar a volta aos problemas e arranjar soluções. O meu problema é ser uma "control freack" que acha que tudo tem uma resolução e vai estudar e planear e agir estratégicamente de forma a resolver tudo, no mínimo de espaço, tempo e orçamento possível.
Aprende C. de uma vez por todas não podemos ajudar quem não quer ser ajudado. Não podemos ajudar pessoas que vivem na "psicologia do problema".
È frustrante ( para não dizer outra palavra começada por "F") mas é o mundo em que vivemos.....Bem Vindos ao mundo real.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Gratidão

Uma das muitas coisas que aprendi foi a estar grata por aquilo que tenho. Muitas vezes , para não dizer sempre, andamos pela vida a reclamar e a queixar-nos de tudo e de todos.
Tudo é negativo, tudo é mau, ninguém nos dá o devido valor, o mundo é uma porcaria, a crise só serviu para nos f... ainda mais, está a chover, está a fazer sol, há fila na ponte, a função pública está em greve....BASTA!!!
Para. Respira. Pensa. A nossa família, a nossa casa, o facto de termos almoço e jantar, o facto de termos a opção de escolher o que vamos vestir todas as manhãs não chega para estarmos gratos?
Sim, eu sei. Eu sei que a vida não é cor de rosa, mas também não é tão negra como a pintamos... se assim fosse nem sequer teríamos um computador, com Internet e o mínimo de formação para os utilizar e não estariamos a escrever ou a ler um blog. Certo?!

Uma semana depois...

Diziam os mais cépticos que a minha energia reforçada no fim de semana de desenvolvimentos pessoais iria esmorecer ao fim de uma semana. Diziam ainda que me arrependeria amargamente da minha decisão. Negativo!!
As coisas quando são bem feitas não desaparecem ou não esmorecem ao primeiro entrave. Uma semana depois não me arrependo do passo que dei e duvido que alguma vez me venha a arrepender.
Até hoje sempre calculei todos os meus passos fria e racionalmente, nada do que fiz foi deixado ao acaso e por isso mesmo até hoje nada do que fiz foi em vão ou correspondeu a tempo deitado fora.
A vida é muito curta e não podemos desperdiça-la em existências tristes e vazias.
Podemos fazer tudo o que nos der na vontade, somos livres para o fazer. O nosso único entrave somos nós mesmos.
Podia fazer aqui um discurso tipo "O segredo" ou esses livros de a auto conhecimento, mas não é o mais apropriado. Deixo então aqui uma das minhas máximas para viver a vida:
- Antes trair os outros do que trair-me a mim mesma.
Cruel? Talvez seja. Mas haverá algo mais cruel do que nós anular-mos as nossas vontades para satisfazer as dos outros ? Peço desculpa , mas não sou nenhuma madre Teresa, posso fazer algo pelos outros mas não posso, recuso-me a viver por eles.
Tal como eu tomei o meu grande passo, os outros tem também de tomar os seus. Eu dou-lhes o exemplo, se quiserem sigam-no.
Aprendam a viver, respirem fundo e avancem. Conquistem o vosso lugar no mundo.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

E de um minuto para o outro tudo muda

De um momento para o outro a nossa vida pode mudar.
A minha começou a mudar quando me inscrevi num curso que focava acima de tudo o desenvolvimento pessoal.
Já fiz muita coisa ao longo dos meus 30 anos, achava eu muito bem vividos, mas nada se assemelhou ao fim de semana passado.
Foi definitivamente o fim de semana que mudou a minha vida.
Já fiz um curso de teatro para ajudar a perder a timidez, Já fui Assistente de bordo para "voar" literalmente para fora do ninho; Já fiz desportos ditos radicais para aprender a libertar-me. Tudo isto fiz com paixão e dedicação, mas só hoje percebi que o que procurava encontrar no mundo estava afinal dentro de mim.
Se eu não me mudar não serão as aventuras que o farão.
Antes de conquistar o mundo preciso de conquistar , de gostar de mim mesma e a partir daí definir objectivos.
Há um mês tomei uma decisão crucial. Apresentei a minha demissão de um local seguro, com ordenado e horário fixo mas ao mesmo tempo um local estagnado.
Na sexta feira eu abdiquei da estagnação e embarquei numa nova aventura.
Durante todo o fim de semana fiz "reset" ao meu "eu" actual, descobri o porque de ter mudado tanto a minha vida e o porque de não estar a correr como eu desejava.
Realizei que não era com velas, incensos e massagens que algo ia mudar. Tudo isso ajudava é claro, mas não se eu não fizesse a minha parte o que corresponde a 99% desta equação de mudança.
Durante três dias gritei, pulei, dancei, ri, chorei e a prendi a ser melhor na minha vida pessoal e profissional.
Na 2ª feira vou embarcar numa nova aventura, num novo emprego e espero que o "reset" a uma pessoa negativa, cinzenta em que me estava a tornar tenha funcionado em pleno.
Estou convicta de esse "reset"funcionou. Estou confiante em mim e no futuro a curto e médio prazo. E isto sim é inédito na minha pessoa.
Obrigado Daniel Sá Nogueira, és fantástico. Aguardo ansiosamente o teu livro e acredito que vais encher o pavilhão Atlântico no dia 10.10.2010 ( bilhetes a 10€).

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Adeus ,que me vou embora...

Cheguei, vi e venci.
Quando o desafio acabou, ócio instalou-se . A falta de estímulos e de novos desafios atacou em força e o ambiente degradou-se.
Odeio estagnação. Chegou a hora.
Vou embora para nunca mais voltar. Não vou dizer adeus, odeio despedidas. Quem interessa sabe onde, quando e como me encontrar basta estar interessado. E se não quiser contactar mas saber como andam as modas , basta seguir este blog ou o hi5.
Saudades?! Não creio. Como já disse a nível profissional já não havia sequer a possibilidade de evolução e novas aprendizagens, a nível pessoal como já disse quem quiser e interessar sabe onde estou.
Não vou olhar para trás isso só nos faz mal. Até hoje nunca me arrependi do que fiz e dos passo que dei e não creio que vá começar agora.
Estabeleci um novo objectivo e vou conquistá-lo.
O prazer da vida acaba por estar no caminho percorrido , nos passos e nos tropeções que damos até atingir a meta e uma vez chegados lá , na definição de uma nova meta.
Adeus , que me vou embora, para não mais voltar.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Segundafeiris Estranhis

A Segunda Feira é realmente o pior de todos os dias da semana , para todos aqueles que têm um horário dito normal ( de 2ª a 6ª feira).
O fim de semana é sempre curto demais para todas as actividades que para eles planeamos. A alteração de horários e rotinas quebra a nossa resistência e pelo menos até á hora de almoço de 2ª feira andamos pelo mundo como que em câmara lenta.
Apesar de o dia que menos gosto seja a quarta feira, tenho realmente de admitir que a 2ª feira é bem dura, mas por muito cruel que esta seja nunca fui afectada pela “segundafeiris estranhis”.
Como o próprio nome indica , a “segundafeiris estranhis” é uma doença sobre a qual os médicos ainda pouco sabem. Esta ataca violentamente por volta das primeiras horas da madrugada e passa tão rapidamente como apareceu após as 10h da manhã, de qualquer forma é uma doença gravíssima que impede as suas vitimas de comparecer no local de trabalho nesse dia.
Esta doença já foi inclusivamente estudada no âmbito das alergias sazonais pois ocorre mais frequentemente nos meses de calor, mas rapidamente esta teoria foi posta de parte. É realmente um mal que ataca indiscriminadamente até o mais saudável e dedicado dos trabalhadores em qualquer altura do ano.
Até á data ainda não se verificou ser uma doença contagiosa, no dia seguinte ( terça feira) o paciente surge no local de trabalho com excelente aspecto. Ninguém diria o quanto sofreu no dia anterior, inclusivamente o tom de pele que se revela ser uma sequela da “segundafeiris estranhis” pode ser facilmente confundível com um bronzeado e por vezes pessoas menos conhecedoras desta cruel doença questionam a vitima sobre “o seu dia de férias e o belo dia de praia que deve ter tido para estar com um ar tão saudavelmente tostado”.
È realmente uma situação desagradável e intimidante para as vitimas desta maleita. Esperemos então que os avanços na medicina e os recursos canalizados para a investigação sejam conclusivos na descoberta de uma cura o quanto antes.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Fix you

When you try your best but you don't succeed
When you get what you want but not what you need
When you feel so tired but you can't sleep
Stuck in reverse.

And the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone but it goes to waste
Could it be worse?

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you

And high up above or down below
When you're too in love to let it go
But if you never try you'll never know
Just what you're worth

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you

Tears stream, down your face
When you lose something you cannot replace
Tears stream down your face and I...

Tears stream, down on your face
I promise you I will learn from my mistakes
Tears stream down your face and I...

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you.

By Coldplay

A Mala Vermelha


Este é definitivamente o negócio do século, qui ça do milénio.
Num mundo onde o sexo reina em todos os campos possiveis e imaginários e onde a população se divide entre despudorados e timidos nada melhor do que apresentar aos poucos timidos que restam o que se passa do outro lado da “fronteira da decência”.
Ora certo dia uma mulher ( só podia mesmo, estas mulheres são umas loucas) pensou na grande máxima e adaptou-a ao seu interesse : “Se a mulher não vai á sex shop, a sex shop vai ter com a mulher”. Adorei!!!
Acabaram-se os embaraços, as discussões com amigas sobre as minhas visitas a estes estabelecimentos comerciais “ pouco dignos” e acabou finalmente a amiga “pombo correio” de BSMBI ‘s ( brinquedos sexuais muito bem identificados).
Minhas amigas agora passam a ir lá a casa discretamente , tomar um café , um chá ou algo mais que vos apeteça. Não quero reclamações e muito menos aceito desculpas.
Estou realmente farta destas manias societárias castradoras que fazem com que certas mulheres ainda sintam a necessidade de se esconderem e reprimirem os seus desejos mesmo da pessoa com quem têm uma vida em comum.
Somos mulheres e não robots. Temos desejos, curiosidades e fantasias e se as negar-mos apenas nos prejudicamos a nós mesmas.
O homem não foge só porque lhe dize-mos que queremos algo novo, aliás o mais certo é que após o choque inicial ele fique bem mais entusiasta e motivado do que nós mesmas pela actividade sugerida.
Além de que , mesmo que nunca tenhamos pensado em visitar tais lojas fisicamente ou sequer planeado dar uma nova energia á vida sexual agora podemos ter acesso a tudo no conforto do nosso lar e na companhia das nossas amigas. Totally “Sex and the city”.

Agora já não desculpas. Aproveitem as aventuras e os prazeres que se vos apresentam naturalmente.

http://www.lamaletaroja.com/
http://elblogdelamaletaroja.blogspot.com

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O povo mais culto do planeta e arredores



Simplesmente temos de adorar o povo português.
Ninguém é mais completo e versado em todos os temas como este pequeno povo lusitano. É fabuloso passear pelas ruas e frequentar espaços públicos e ouvir as conversas que fluem naturalmente entre conhecidos e vizinhos. O supra sumo é ouvir os comentários das noticias.

De um segundo para o outro descobrimos na fila do autocarro dois ou três especialistas em aeronáutica , ali mesmo ao nosso lado, que emoção.
Observamos que independentemente de idades, sexo, ocupação ou nível de educação todos são especialistas em acidentes de aviões, recuperação de destroços e operações de resgate e inclusivamente na durabilidade do sinal de radar emitido pelas caixas negras ( que para quem não sabe são na realidade amarelas).
Fenomenal! Nos dias seguintes podemos observar a versatilidade destes indivíduos. Hoje a especialidade é a politica externa ( Mas elegeram o Durão Barroso outra vez??? Que parvos. Estes governantes europeus andam todos a fazer panelinhas e tachos uns para os outros ), amanhã será a operação de resgate aos reféns do BES( que correu muito mal visto que as nossas tropas são tão inexperientes) e a pena imposta ao cidadão brasileiro ( que para os especialistas é muito pequena) intercalada com a típica má lingua anti-emigrante ( que deviam ser expulsos e não julgados).

Em suma, somos um povo fenomenal. È pena que a nossa instrução e informação fora de série não nos ajude a ser mais proactivos de forma a “fazer com que o pais avance” ( expressão adorada pelos especialistas).

Ah é verdade...um especialista aqui presente acabou de me dizer que só o Sòcrasme ( não faço ideia de quem seja) sozinho pode fazer este milagre.
Bem espero que esse tal de Sócrasme seja também um tipico português, um especialista mega inteligente e versado em todos os temas existentes em todo o planeta e qui ça até em todo o universo.

The Story - Palavras para quê

All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you
I climbed across the mountain tops
Swam all across the ocean blue
I crossed all the lines and I broke all the rules
But baby I broke them all for you
Because even when I was flat broke
You made me feel like a million bucks
You do
I was made for you
You see the smile that's on my mouth
It's hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what I've been through like you do
And I was made for you...
All of these lines across my face
Tell you the story of who I amSo many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you

quarta-feira, 1 de julho de 2009


As mulheres levam o seu coração para todo o lado como se este fosse umaclutch super fashion. Mas tal como esta, também o coração atrapalha por ser tão pouco prático.


segunda-feira, 22 de junho de 2009

Dicas para dar o salto

. Esgote todas as possibilidades antes de sair;
. Não espere pelo pior;. Seja você mesmo o agente da mudança;
. Faça uma análise realista das suas aptidões e qualificações;
. Mantenha a sua rede de contactos sempre actualizada;
. Faça um levantamento do mercado realista, mantendo o respeito pela organização onde ainda trabalha;
. Se achar necessário, recorra a um consultor de carreira ou a uma empresa de recrutamento;
. Invista numa função de que realmente goste; . Encontre um mentor para ajudá-lo na transição.

Algo vai mal quando:
.Você acorda desmotivado para o trabalho e só recupera o bem-estar quando chega a casa
. Estar no escritório é um sacrifício
.O simples som do telefone a tocar deixa-o de nervos em franja
.O único motivo pelo qual trabalha na empresa é o facto de necessitar do salário
.Está desmotivado em relação ao que ganha
.O relacionamento com os colegas começa a deteriorar-se
. As suas perspectivas de crescimento na empresa ou progressão na carreira são quase nulas”

in http://clix.expressoemprego.pt/scripts/Actueel/display-article.asp?ID=1688&artCount=1&startPos=1&artsLoaded=1

Mudar ....




“Muda de vida se tu não vives satisfeito

Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar

Muda de vida, não deves viver contrafeito

Muda de vida, se a vida em ti a latejar


Ver-te sorrir eu nunca te vi

E a cantar, eu nunca te ouvi

Será de ti ou pensas que tens... que ser assim

Olha que a vida não, não é nem deve ser

Como um castigo que tu terás que viver


Muda de vida se tu não vives satisfeito

Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar

Muda de vida, não deves viver contrafeito

Muda de vida, se a vida em ti a latejar”

Sempre ouvi dizer que quem está mal muda-se, e é bem verdade. Só é pena que a ideia de mudança nos assombre tanto.
È difícil dar aquele 1º passo. Evitamo-lo. Andamos em círculos. Procuramos desculpas para não avançar. Pesamos prós e contras em busca de uma ancora viável que nos faça ganhar forças e manter a situação tal como ela está.
Este medo estende-se a todos os campos da nossa vida. Seja na manutenção de uma relação pelo medo de colocar um ponto final numa situação sem retorno ou seja por nos arrastar-mos num trabalho que nos desgasta e praticamente nos leva á loucura mas que insistimos em manter porque a conjuntura assim o obriga, temos sempre receio de avançar.
Demorei meses a tomar a decisão final. A cada dia que passava um pedaço de mim morria, mas a minha cabeça sempre a mil á hora insistia com o meu corpo que este ia resistir e aguentar e estava apenas a passar uma fase difícil mas ainda assim passageira.
O corpo enfraqueceu. O estado de espírito fraquejou. O stress e o esgotamento venceram. A cabeça teve de se render ás evidências. Se se mantivesse impassível também ela enlouqueceria e se isso acontecesse, aí sim, seria o fim.
Tudo á minha volta estava a ser contagiado pelo negativismo da minha inércia. Se não me decidi-se a minha vida profissional iria matar lentamente todos os restantes campos da minha existência.
Assim,em tempo de crise ,tomei finalmente a decisão tão adiada e avancei sem medos. Entreguei a carta de demissão e perdi 20 kls de stress e preocupações de imediato.
O fim de semana correu lindamente. Na 2ª feira o despertador tocou e acordei sem vontade de chorar. Faltam 20 dias úteis para colocar tudo isto para trás das costas e retomar as rédeas da minha vida.
Muitas vezes, temos de fazer limpezas na nossa vida. Por muito difícil que seja, temos de aniquilar tudo aquilo que nos enfraquece e reprime. Por muito que achemos que um elemento é o centro da nossa existência, se esse elemento nos drena todas as forças de que dispomos então tem de ser eliminado.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

“ Quanto mais conheço os homens, mais estimo os animais”

Alexandre Herculano

quarta-feira, 22 de abril de 2009

30 anos....So what?

Oh é o teu aniversário? Quantos anos fazes? O QUÊ? Não posso crer, és assim tão velha.

Basta. Estou farta destas afirmações. Desde quando passamos a barreira dos 30 e somos catalogados como fósseis?
Para algumas pessoas passar a barreira dos 30 é um pesadelo, é como se a vida acabasse a partir da data do seu aniversário. Ao que parece as pessoas ficam verdes, enrugadas, de cabelo branco e unhas recurvadas e amarelas, desdentados e perdem a capacidade de interagir em sociedade.

Para as mulheres é o drama, o horror, a vida que as persegue e tortura. Para além do monstro da celulite que corre atrás delas vem agora o monstro da idade. Mais uma vez as solteiras sentem a pressão do mundo para um compromisso e as casadas olham para as mulheres mais novas num misto de desdém e inveja.

Em que ficamos, afinal? Uma mulher de 30 anos é ou não velha?
O mito do “sexo e a cidade” está demasiado entranhado na actualidade para ser ignorado. O grupo de quatro mulheres retratado na série faz com que sintamos que a idade não é limite para nada. Ignorando a vida amorosa falhada das personagens , que diga-se de passagem é o que dá interesse á série, estas mulheres representam a realidade do mundo feminino.

Como em todas as faixas etárias há dramas, há dificuldades, há crises mas também há alegrias, novas experiências, novas descobertas e vivências das quais só podemos desfrutar com a maturidade que adquirimos em todos os anos que trazemos na bagagem.
O drama dos 30, creio que só se torna mais visível, quando a mulher não se sente realizada por alguma razão. Todos os medos, dúvidas e fracassos parecem ser aumentados com uma lupa quando se passa a fatal barreira e o pior é que se não resolver-mos estas pequenas questões, o drama vai tornar-se maior aos 40, aos 50 e por ai adiante.
Encontrei várias histórias interessantes quando pesquisava para este tema. Histórias de mulheres e as suas duvidas existenciais e opiniões masculinas que contrariam tudo o que é dito pelo sexo oposto. Mas como em muitas outras situações as mulheres só ouvem o que lhes interessa e mesmo que os homens gritem aos quatro ventos que adoram mulheres trintonas a mulher filtra a informação e houve apenas criticas depreciativas.

Na minha opinião, fazer trinta primaveras não é nada do outro mundo apesar dos olhares horrorizados que me deitam quando anuncio a minha idade.
Os “defeitos” que advêm do envelhecimento do corpo são evitáveis e corrigíveis. Evitáveis se praticarmos um estilo de vida e uma alimentação saudável q.b e corrigíveis através dos pequenos milagres da cosmética como sejam, tintas de cabelo, cremes anti-rugas entre outros tesouros.
O que não convêm é andar vestida/o de fantoche com roupas inapropriadas á idade ou ter atitudes de adolescente, porque nessa altura vamos parecer até muito mais velhas, vamos um bando de parecer entradotas desesperadas á beira de um ataque de nervos.

Acima de tudo, devemos abraçar aquilo que somos. Abraçar a vida que tivemos até aqui, os nossos sucessos, os nossos erros. Podemos até aproveitar para fazer uma retrospectiva daquilo que já conquistámos e ver os projectos que ainda temos pendentes afinal, não é tarde demais para ainda os realizar-mos.

O importante é esquecer tudo o que é dispensável e sermos fieis a nós mesmos.


Nota: Faltam 4 dias para o meu aniversário e do “monstro verde” nem sinal.

Desculpa, mas não posso pensar por ti!


Quantas vezes nos vimos presos numa situação em que nos pedem para fazer algo, que para nós é perfeitamente praticável, mas que achamos que não devemos fazer? A resposta é, demasiadas.
E quantas vezes acabamos por ceder a estes pedidos? Sempre.
É sempre complicado dizer que não a amigos, filhos e companheiros mas a realidade é que não podemos estar sempre a pensar e fazer algo por eles. Esta não é a forma correcta de amar, ajudar ou educar.
As acusações vão acumular-se, sim. Os amigos vão dizer que somos péssimos por não os ajudar-mos devidamente, os filhos vão dizer que somos pais ausentes e não os apoiamos, terceiros vão dizer que somos demasiado exigentes.
Todas estas acusações vão esmorecer no futuro, ou assim espero, quando um dia estes indivíduos tiverem de agir sozinhos, de tomar decisões. Caso toda a vida tenham recebido tudo de bandeja, vão certamente falhar. Se pelo contrário sempre foram estimulados a resolver as situações por si, não terão qualquer problema.
Agora, quanto a nós, temos de tomar uma decisão. Vamos ser os amigos “ideais”, os pais “perfeitos” ou vamos ajudar da melhor forma possível? Vamos ser cúmplices da preguiça e da inércia ou vamos estimular e dar aos nossos entres queridos a matéria prima necessária para formarem a sua própria opinião e seguirem o seu próprio caminho.
Sinceramente prefiro ser catalogada de “má mãe e péssima amiga” se isso se reflectir na formação e/ou crescimento pessoal de um ser auto suficiente e vencedor. Mas acredito também que um bom amigo, nunca duvidará do nosso apoio e um filho nunca sentirá a nossa ausência apenas por não fazer-mos os trabalhos de casa, por ele.

Mãe, o que é o Apartheid?


Mãe, o que é o Apartheid? – pergunta curiosa uma criança de 7 anos que observa a banca de jornais e descobre uma palavra estranha, nova no seu vocabulário.

Silêncio. Esta é a resposta que recebe da sua mãe de 30 anos. Será ignorância ou puro desconhecimento?

No dia em que ocorrem eleições decisivas na África do sul, ainda há pessoas que não sabem o que é o apartheid ou que ouviram a expressão mas nunca quiseram saber o que significava. Conhecem a figura de Nelson Mandela mas ainda não perceberam porque é tão importante e tão adorado.
Como podemos nós ignorar de forma tão obscena aquilo que nos rodeia e a história daqueles que nos antecederam e que fazem do mundo aquilo que ele é actualmente.
Como podemos continuar a ignorar as pessoas que lutaram pelos seus direitos, pelos direitos de uma etnia e pelo caminho construíram as bases e solidificaram a sociedade actual.
Para muitos , valores como a liberdade de imprensa e a independência da justiça são dados adquiridos , nunca viram, nunca temeram, nunca tiveram de lutar contra a aplicação da pena de morte (abolida apenas em 1995 na África do Sul) , logo não dão importância ás mesmas. Estas são as pessoas que só dão valor a algo quando o perdem.
Só esperamos que os seus direitos não sejam barbaramente violados e tenham de lutar como as tribos africanas ainda o fazem em diversos países daquele continente.



Apartheid - ("vida separada") é uma palavra de origem afrikaans, adotada legalmente em 1948 na África do Sul para designar um regime segundo o qual os brancos detinham o poder e os restantes povos eram obrigados a viver separados dos brancos, de acordo com regras que os impediam de ser verdadeiros cidadãos. Este regime foi abolido por Frederik de Klerk em 1990 e, finalmente, em 1994 foram realizadas eleições livres.
O primeiro registro do uso desta
palavra encontra-se num discurso de Jan Smuts em 1917. Este político tornou-se Primeiro-ministro da África do Sul em 1919. Tornou-se de uso quase comum em muitas outras línguas. As traduções mais adequadas para português são segregação racial ou política de segregação racial.


Para mais informações sobre este tema: http://pt.wikipedia.org/wiki/Apartheid

quinta-feira, 16 de abril de 2009

O êxodo intelectual



Existem limites para tudo, até para as regras da inserção social.
Por muito que alguém deseje fazer parte de um determinado grupo de pessoas ou “status” , não pode anular a sua personalidade em prol desse desejo.


Eu recuso-me a ser , fingir ser ou mesmo parecer burra para me inserir no circulo social que me rodeia diariamente no local de trabalho.
Por falta de estudos, de motivação ou mesmo de vontade de alimentar o espírito tanto quanto alimentam o corpo, o grupo que me rodeia é limitado e básico no que toca á cultura geral. Nunca me inseri neste grupo a 100% e se tiver de sacrificar aquilo que sou , nunca me inserirei.


Porque tenho de falar á bebé, á ghetto com vernáculos rácicos ? Porque tenho de ouvir musica horrível que quando tem letra é absolutamente incoerente, racista e sexista ?Porque tenho de negar ler o jornal diariamente e perceber o que nele consta? Porque tenho que calar a minha opinião sobre o que se passa á minha volta só para não ser olhada de lado e criticada?


As personagens com quem partilho o meu espaço de trabalho olham-me de lado e pelas minhas costas comentam que me sinto e comporto como se fosse superior.
Se se referem ao facto de eu ser inteligente, formada e minimamente culta em relação a todos eles, sim assumo...Sinto-me superior. Como já disse, recuso anular-me.
Muitas das pessoas que me rodeiam, até são pessoas cultas mas que se deixaram cair na inércia cultural e com a falta de estímulos á sua volta esquecem –se de utilizar a sua “massa cinzenta” , tornando-se básicas. Quando individualmente se fala com estas pessoas elas têm momentos de lucidez intelectual, no entanto, quando devolvidas ao grupo habitual tudo regride.


Porquê?


Desde quando necessita o ser o humano de esconder o seu maior bem para se sentir inserido na comunidade? Desde quando nos torná-mos uma sociedade que circula em “modo automático”, sem pensar, sem ter consciência do mundo que nos rodeia? Desde quando deixámos de dar importância á cultura, aos estudos, ao conhecimento? Desde quando abdicá-mos do prazer de aprender algo novo todos os dias?
Tudo isto me entristece. É difícil ser ofendida pelo facto de gostar de alimentar o intelecto diariamente, mas ao mesmo tempo questiono-me o que pensarão estas pessoas que me rodeiam de outros indivíduos com quem me cruzo lá fora e que são milhentas vezes mais cultos e inteligentes que eu?
Serão também convencidos? Génios? Pseudo-intelectuais? Nada disso... nem sequer são reconhecidos, porque para estas criaturas esse outro mundo não existe. Existe apenas o grupo onde se inserem felizes, por terem alguém que fala a mesma língua ( se assim se pode chamar), que tem os mesmos gostos por novelas e revistas cor de rosa e conversas sem teor algum.
Nunca me poderia inserir num grupo assim. Não! Se o fizesse tenho a sensação que ocorreria um êxodo de neurónios do meu cérebro.


Sinto-me orgulhosa daquilo que sou. Toda a minha vida fui assim e não vou mudar. Não considero que esteja errada e sei que algures lá fora existem outros “ bichos estranhos” como eu. Pena é que metade deles não vai saber defender o seu bem mais precioso e vai sacrificá-lo em prol de uma vida social que considera fabulosa e perfeita, aquela que vê nas revistas cor de rosa.

· Êxodo - «emigração de todo um povo ou saída de pessoas em massa», como, por exemplo, «o êxodo dos judeus» ou «o êxodo rural». A palavra êxodo vem do «gr[ego] éksodos,ou, "passagem, saída; marcha, partida; expedição militar; procissão, cortejo, pompa", [pelo] lat[im] exŏdus,i,

terça-feira, 14 de abril de 2009

Um grito por atenção – Parte II


Outro exemplo de mulheres carentes de atenção, são as mães, principalmente mães com filhas mulheres e nestes casos a carência e as atitudes de pura maldade são gravosas e podem deixar marcas.

Para muitas meninas crescer significa aprender a lidar com os conflitos e a colocar muitas vezes limites aos outros, o problema é quando esses outros são as mães.

Muitas mulheres tem o prazer em revelar que seguiram os esteriotipos da sociedade á letra. Compraram casa, casaram com o homem da sua vida e tiveram filhos tudo dentro do” limite de idade “ estipulado. No entanto, esta transição de casa dos pais para casa do marido e a possível falta de vida própria ou mesmo de pensamentos próprios faz com que se crie um vazio na essência destas mulheres.
A solução apresenta-se então naturalmente. Para não variar muito e tendo o ser humano tendência para atribuir a terceiros a culpa de todos os seus males, a mulher vê na sua filha mulher a escapatória para a sua frustração.
Nesta altura deparamos-nos com dois tipos de atitude – a Neurótica e a imitadora.
Quando a mulher não vê porque terá de abdicar do seu papel de mulher em prol do papel de mãe e não pretende abdicar tão cedo da sua auto-imagem, quando se cuida, preocupa com a aparência e tenta manter-se jovem vê essa questão como uma rivalidade com a filha. A mulher fica então de tal forma obcecada que a figura de mãe desaparece.
Isto sucede muitas vezes porque a mulher se sente marginalizada ou porque percebe que a vida está a passar velozmente, e não correu de acordo com as suas expectativas, vendo na filha alguém que tem um ascendente sobre o pai que ela nunca teve sobre o marido e que tem uma vida com muito mais oportunidades e alegrias.
Nesta fase revela-se a Neurótica, a mãe que se tornou “madrasta”.
Num campo completamente oposto, temos a mãe imitadora, que vê na filha uma forma de viver tudo aquilo que não teve oportunidade de fazer.
A mãe transforma-se então numa espécie de melhor amiga e confidente, relegando para outros as tarefas educativas. Trata a filha como uma igual, veste-se de igual, fala da mesma forma, usa os mesmos adereços e perfumes. Chegam mesmo ao cumulo de partilhar.
A mãe identifica-se de tal forma com uma adolescente que esquece a sua própria vida e integra-se no grupo de amigos da filha, como se fosse mais uma das meninas. No entanto, por muito que se esforce a mãe nunca vai poder esconder a realidade da sua idade e da sua posição e a filha vai sempre lutar pela sua individualidade.
Como pais temos de ter absoluta consciência do fardo que podemos infligir nos nossos descendentes apenas porque não sabemos lidar com os nossos traumas. Seja por medo “de sermos ultrapassados ou de já não conseguir-mos que gostem de nós criamos fantasias de regresso ao passado, á fase da nossa vida em que fomos mais felizes, mas esta identificação artificial com a adolescência não resolve os nossos problemas.

Um grito por atenção!




“Ainda estou dentro do prazo de validade !” - Gritam desesperadas – “Olhem para mim!”

Este é o grito que muitas mulheres nos dias que correm querem dar. Seria o epitome da sua libertação, mas em contrapartida torna-se o algoz da sua felicidade.
O “ Sexo e cidade” sempre foi uma série de eleição para a maioria das mulheres. As roupas, os sapatos, o estilo de vida, as amigas tudo parece um sonho, uma vida de eterno glamour sem preocupações. Mas a realidade é cruelmente diferente.
No fundo a maioria das mulheres usam esta série como motivação para lutar, pois precisam de algo a que se agarrar para não caírem no desespero da solidão. Observando a situação de perto o que vimos são solteironas empedernidas, sozinhas e frustradas.
Ao caminharmos pelas ruas passamos por elas a toda a hora. Mulheres solteiras com idades superiores a 27 anos que na sua maioria se veste de forma demasiado vistosa e nada adequada ao seu tipo de corpo e idade.
Famintas por atenção, seja de quem for, produzem-se em demasia, muitas vezes caindo no erro de parecerem autenticas árvores de natal, coloridas e sobre-acessorizadas. E tudo porquê?
A maioria culpa a sociedade que estereotipou uma mulher que deve casar no máximo dos máximos aos 25 anos, ter filhos aos 26 e ser feliz o resto da vida com um mesmo homem – o homem da sua vida. Esta imagem estereotipada é criticada e escarnecida como sendo retrograda e desadequada aos tempos que correm, no entanto , é aquilo que mais desejam e aquilo que mais as frustra por não conseguirem atingir.
Tentam então disfarçara sua inadaptação seja de que forma for. A mais óbvia e fácil de conseguir, é claro “disfarçar” a idade . Correm para lojas típicas de adolescentes, compram acessórios , pintam o cabelo não tendo em conta as regras da naturalidade ou dos tons de pele, pintam-se ,fumam pela aparência de poder que isso lhes suscita e saem á noite todos os dias tudo isto na vã esperança de se sentirem desejadas e amadas , mesmo que seja por algumas horas.
Quando o sol nasce a realidade é bem diferente, a roupa está no chão, o cabelo desalinhado, a maquilhagem borrada e já é tarde para ir trabalhar. A figura reflectida no espelho é a prova da sua inaptidão e de mais uma noite em que os planos de futuro não ficaram mais próximos.
Têm muitos “amigos”, procuram a protecção e o conforto da família, mas no fundo estão sempre sozinhas.
Procuram relações na internet e na noite, iludindo-se com as conquistas fugazes. No fim ficam ainda mais amargas, porque estas conquistas de uma noite se revelam ser pessoas pouco dignas, comprometidas ou com características físicas e de personalidade muito diferentes á luz do sol.
Planeiam vinganças contra aqueles que as rejeitaram, criticam aqueles que lutaram e atingiram algo que elas não conseguem e estouram mais dinheiro em futilidades para acalmar a sua frustração e choram.
No dia a seguir vão recomeçar tudo de novo. Vão mesmo?! Para se começar algo novo, uma vida nova temos primeiro de limpar tudo o que está mal. Reflectir nos nossos erros e avançar para a sua correcção.
Devemos apostar em nós, mas apostar no nosso interior e não no exterior. E acima de tudo devemos deixar de responsabilizar terceiros pelos nossos problemas e frustrações.

A reclamação de barriga cheia


A maioria das pessoas passa grande parte do dia a reclamar de barriga cheia.
Se é porque chove é porque chove, se faz sol é por fazer sol.
Se vão ao café tomar pequeno almoço, é porque não há nada para comer.
Se andam de transportes é porque o mesmo vem muito cheio.
Se andam de carro é porque a fila de transito é monstruosa.
Se têm de trabalhar é porque é muito cedo ou o emprego muito aborrecido.
A lista de reclamações é infinita, mas será que estas pessoas já pôs a mão na consciência? Será que pensam naquilo que dizem?
Não há nada para comer? Sinceramente, se tem dinheiro para tomar pequeno almoço ou lanche no café não têm motivos para se queixar. Há quem não tenha sequer o que comer.
O transporte está a abarrotar ou está transito? Que tal levantar mais cedo da cama? Há quem não tenha sequer trabalho para o qual tenha de se deslocar e não tem dinheiro para gasolina ou transportes mas que ás 6.30 h da manhã já estão á porta dos edifícios da segurança social a lutar pelo futuro.
A reclamação é um direito de todos, mas é ridículo ter de ouvir certas e determinadas queixas infundadas.
Há pouco tempo, através do telejornal, fiquei a saber que por baixo do viaduto de Sta Apolónia vive uma grande comunidade ( se assim se pode chamar) de Sem Abrigo. Cada vez que o transporte público que frequento passa nesse local eu uso-o como exemplo para controlar o meu mau génio. Cada vez que o dia corre mal e só me apetece reclamar ou chatear alguém com as minhas queixas e dramas pessoais, penso que ali, naquele local que abriga desafortunados, é o local onde eu passo todos os dias bem vestida, confortável q.b no transporte público, a caminho de casa ou do trabalho e deambulando pela minha vida da qual muitas vezes me queixo, mas que para muitos seria perfeita.


Dá que pensar, não dá? Ainda vos apetece reclamar?

terça-feira, 7 de abril de 2009

A educação sexual ...


06.04.2009 - 16h44 Lusa
A Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp), do Brasil, vão cooperar na investigação e formação para a Educação Sexual, encarada de forma distinta nos dois países.Trata-se do primeiro projecto entre as duas instituições, a realizar ao abrigo de um acordo anunciado hoje entre a Unesp e o Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), que integra seis estabelecimentos de ensino.A realização de projectos e publicações científicas conjuntas, o intercâmbio de docentes e alunos e a realização de um congresso bianual na área da educação sexual (o primeiro em 2010, em Coimbra, e o segundo em 2012, na Unesp) são algumas das acções previstas.Enquanto em Portugal se discute a introdução da Educação Sexual nas escolas no âmbito da educação e prevenção para a saúde, no Brasil as acções desenvolvidas surgem em resposta a casos específicos de violência contra mulheres e homossexuais, consideraram, dois especialistas da ESEC e da Unesp.(...)"Estamos com um atraso muito grande a este nível, a privar, por falta de vontade política, as crianças e jovens de um direito que lhes é consagrado", considerou Filomena Teixeira, docente da ESEC, que participou num parecer sobre o projecto socialista, no âmbito da Federação Nacional de Professores (Fenprof).Filomena Teixeira afirma que a Educação Sexual "continua a ser um assunto que não é do agrado de todos" e defende que a matéria devia ser dada a partir do primeiro ano do 1º ciclo, em áreas não disciplinares, mas também abordada de forma transversal. Além da Educação, o IPC e a UNESP pretendem cooperar em outras áreas, sendo a Tecnologia uma das prioritárias.



E enquanto isto, temos a Igreja a excomungar médicos e pais pelo aborto de uma criança violada pelo padrasto, temos pais a ignorar as perguntas dos filhos sobre sexualidade, adolescentes a negar a sua própria sexualidade ou orientação sexual, temos o governo a anunciar números reduzidos de jovens que recorreram ao aborto legalizado e a oposição a negar estes números.
Enquanto isto crianças são atraídas na Internet por predadores sexuais, são incentivadas á violência e agressão através de Jogos, videoclips e desenhos animados demasiado violentos, são confrontadas no telejornal por visões de homens que fazem das filhas reféns durante anos sem compreenderem o porquê de tanto alarido.
Por muito que um pai se esforce para educar uma criança, ele não a pode escudar do mundo real. O máximo que pode fazer é dar uma educação sólida e rica e esperar que a sua cria use o seu bom senso e a educação na altura em que enfrentar o mundo sozinha.
Se continuarmos a aguardar o ensino da educação sexual nas escolas vamos continuar a ter crianças ignorantes que se transformam em adolescentes inconscientes e mais tarde em adultos com “bagagem” extra.
Tal como ensinamos as primeiras palavras e os primeiros passos, temos de vencer as nossas próprias inibições e ensinar também os temas que nos possam deixar desconfortáveis mas que no futuro nos farão sentir muito mais confiantes nos nosso descendentes e nas suas acções face ao mundo real.
Cabe aos pais preparar o melhor possível os seus filhos para o futuro, não apenas a nível profissional mas acima de tudo a nível pessoal. Há coisas que não se aprendem na escola e há coisas que se não ensinarmos ás crianças, elas vão tentar aprender sozinhas, através de fontes precáriamente informadas - os amigos- ou fontes de conteúdo duvidoso e sem filtragem – a Internet.
Não existem pais perfeitos, existem apenas uns mais informados do que outros.

Incoerências na terra da oportunidade – Parte II


06.04.2009 - 21h26 Reuters
Um juiz norte-americano permitiu a deportação do antigo guarda de campo de concentração John Demjanjuk, acusado na Alemanha pela morte de 29 mil judeus.Mas não é claro que Demjanjuk, 89 anos, vá sair dos EUA para a Alemanha tão cedo, já que o tribunal deliberou ainda, na decisão de hoje, que o caso pode ser ainda reaberto noutra instância.Os advogados de Demjanjuk tinham pedido que a ordem de deportação dada anteriormente fosse suspensa, argumentando que a deportação para a Alemanha de um homem idoso e doente equivaleria a tratamento desumano ou castigo degradante. Os advogados dizem que Demjanjuk tem problemas de coluna, insuficiência renal, anemia, e que precisa de ajuda para se movimentar. Demjanjuk nega que tenha tido qualquer papel no Holocausto, dizendo que quando era soldado do exército russo foi preso pelos alemães e que esteve em campos de concentração, mas como prisioneiro, até 1944.O acusado é de origem ucraniana e naturalizou-se americano, vivendo como trabalhador no sector automóvel no Ohio. Israel condenou-o por ser um cruel guarda de campo de concentração, mas corrigiu depois o que disse ser um erro. Os EUA retiraram-lhe, no entanto, a cidadania depois de descobrirem mais provas de que teria sido guarda noutros campos. A deportação para a Alemanha, que entretanto o acusou, foi ordenada em 2006, mas vários subterfúgios legais têm mantido Demjanjuk na América.


Enquanto uns lutam pela inocência outros aguardam anos pela comprovação da sua colaboração em actos de exterminio em massa.
Mas mais uma vez os EUA demonstram que não são assim tão justos como querem aparentar e para não variar optaram por ficar ao lado dos judeus. Como não? Iriam tomar outra posição sabendo os pais do capitalismo de onde vem o seu dinheiro?
O lobbie judaico sempre teve suma importância nos EUA, há quem diga mesmo que nenhum presidente é eleito sem o apoio desta comunidade, mas até que ponto estão os EUA dispostos a “vender” a sua lealdade.
Sim ,o Holocausto existiu. Sim, os campos de concentração existiram. E sim,as câmaras de gás existiram, não nos deixemos iludir pelos comentários de certos membros da Igreja católica, mas não devemos ficar presos ao passado.
Por quanto tempo mais , por mera consideração diplomática, vamos continuar a tomar decisões incorrectas e a gastar milhões em situações que sabemos que não vão ter solução. Ou pelo menos uma solução que agrade a todos os envolvidos.
Até que ponto as antigas alianças de guerra ainda são aceitáveis e viáveis? Até que ponto organizações como a NATO ainda não se tornaram obsoletas?

Incoerências na terra da oportunidade


(...) 06.04.2009 - 18h22 Agências
A justiça norte-americana rejeitou hoje o pedido do jornalista negro Mumia Abu Jamal para um novo julgamento pelo assassínio de um polícia branco de Filadélfia, em 1981. O Supremo Tribunal dos Estados Unidos considerou inválidas as alegações de que o Ministério Público tenha excluído de forma deliberada negros do júri do julgamento que acabou com a condenação à morte de Abu Jamal.Mumia Abu-Jamal, que já foi repórter de rádio, condutor de táxi e ex-Pantera Negra (organização radical de negros americanos), está no corredor da morte há 27 anos. Este foi o seu terceiro recurso a chegar ao Supremo e a ser rejeitado. (...)O tribunal de recurso em Filadélfia manteve a condenação de Jamal mas declarou a sentença de morte inválida. Falta agora o Supremo decidir sobre a pena de morte – depois ou Abu Jamal sairá finalmente do corredor da morte ou verá uma nova data de execução ser marcada.Abu Jamal foi condenado pelo assassínio Daniel Faulkner numa operação de controlo de trânsito na baixa de Filadélfia, em Dezembro de 1981. (...)Desde a condenação, em 1982, que os activistas norte-americanos e europeus contra a pena de morte fizeram dele um ícone da sua luta e apoiam as suas reivindicações de que é vítima de um sistema de justiça racista. (...)


Palavras para quê?
Ao que parece a “terra da oportunidade”, “ a terra do livre e a casa do valente ( the land of the free and the home of the brave), não é assim tão livre e o valente também não é o que parece.
O supremo tribunal não quer contrariar uma decisão já tomada por respeito ou por medo de represálias? Terá medo de enfrentar as consequências de libertar um homem incorrectamente enjaulado por 27 anos. Terão receio das represálias dos negros ou dos brancos? Ou pura e simplesmente não serão humildes ou maduros o suficiente para assumir que cometeram um erro?
Para o Presidente Obama a situação também será complicada de manobrar. Se este tomar o partido do tribunal está a colaborar com a Injustiça, se apoiar a vitima estará a ser tendencioso e a apoiar a raça negra, a sua raça.

“ Made in África”


Nos dias que correm existem milhares de pessoas que se devem reprimir diariamente pelo facto de não terem nascido em África.
Todos desejam ser “pretos” e “magros”!
Revistas, publicidade, séries de TV e filmes , tudo apela ao culto do corpo e da beleza o que significa que todos devemos estar ultra bronzeados e extremamente magros.
Gastam-se rios de dinheiro em solários e auto bronzeadores. Gastam-se energias nos ginásios e horas no WC graças aos “produtos milagre” queimadores de gorduras, enquanto que do outro lado do mundo crianças morrem á fome sem nunca sequer imaginarem que outro tipo de existência poderiam ter se nascessem num continente diferente.
A minha conclusão não poderia deixar de ser outra, com a linha de pensamento vigente e que se acentua ainda mais assim que surgem os primeiros raios de sol primaveris, a maioria dos habitantes terrestres reprime-se e repreende os pais pelo facto de não ter nascido em África onde certamente não teria de “lutar” tanto pela perfeição, pois esta seria uma característica natural.
Enfim... é triste, mas é a mais pura realidade.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Há dias em que acordo cansada do mundo.


Há dias em que acordo cansada do mundo.
Tudo á volta parece tão feio e cinzento que só apetece voltar para a cama e dormir até que tudo mude.
Na impossibilidade de me escudar da realidade, sou forçada a enfrentar a vida para além do edredon. Estes dias geralmente passam tortuosamente devagar, o próprio tempo parece colaborar para o aumento da negatividade.
Olho á volta! Torres cinzentas invadem os ceús, carros aceleram pelo alcatrão provocando um barulho ensurdecedor e aumentando com as suas emissões gasosas a irrespirabilidade do ar e o seu aspecto cinzento e soturno. Grupos de pessoas arrastam-se sem energia para os locais de trabalho.
Por um lado, penso que só vejo as coisas desta forma porque estou num dia “Não” e que preciso de despertar da minha letargia mas por outro sei que muitas pessoas realmente vivem assim no seu quotidiano.
Com os acontecimentos do último ano e o crescimento da Crise, os casos de depressão aumentaram ( pelo que nos indicam as sondagens) e a recorrência a fármacos antidepressivos tornou-se tão casual como o consumo de um café matinal.
Esta banalização do uso de fármacos e a falta de acompanhamento psicológico é deveras preocupante pois não cura qualquer problema apenas camufla sintomas, cria habituação e muitas vezes lança os consumidores para um mundo onde tudo parece submerso.
Diz o povo que é pior a “emenda que o soneto” e neste caso essa máxima aplica-se na perfeição. Por muito que custe e acredito que seja realmente difícil, temos de tentar ver a vida de forma mais positiva e tentar ter esperança no futuro. Se tal como eu não acreditarem em esperanças, rezas e afins o melhor mesmo é deitar a mão ao trabalho e encontrar soluções viáveis para os nossos problemas.
Enfrentar a vida de queixo erguido é muitas vezes difícil, mas se verificar-mos com atenção conseguimos perceber que ao endireitar-mos as costas e ao olharmos o mundo de outra perspectiva a solução apresenta-se mais claramente.
Nestas situações de depressão ou esgotamento, por muito que queiramos, terceiros não nos podem ajudar, tudo depende de nós, da nossa força de vontade . Por mais que olhemos de lado para pais, amigos e parceiros e pensemos que eles não nos compreendem nem tentam ajudar, a verdade é que simplesmente eles não sabem como agir, nem tem meios para o fazer.
Dizem os entendidos que com a chegada da primavera o número de casos de depressão diminuiu consideravelmente, mas isto não passa de uma farsa. O que diminui são os pedidos de ajuda médica para casos de depressão, pois alguém deprimido não fica curado de um dia para o outro e tal como muitas outras doenças ( ex: alcoolismo; tabagismo; etc..) esta nunca abandona definitivamente o seu portador é algo com que teremos de viver o resto da vida e contra a qual teremos de lutar de todas as formas possíveis e imaginárias.
Há dias em que acordo cansada do mundo. Tudo á volta é tão feio. As pessoas são feias e mesquinhas, mas eu estou decidida a não fazer parte desse grupo de vampiros emocionais.