quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Incoerências no mundo da educação

I – Perspectivas de empregabilidade
As manifestações multiplicam-se, os gritos, as suplicas por atenção, a indignação forçada ( ou não ) pelos lobbies dos sindicatos, mas o que os professores se esquecem é que em período de crise nem se deveriam queixar de nada.
Há alguns meses manifestavam-se pela má qualidade dos estabelecimentos de ensino e da precariedade de postos de trabalho, hoje que os têm, queixam-se das condições. Pelos vistos outro defeito desta classe é a falta de memória.
Sugestão: quando forem a uma cadeia de fast-food, questionem aquele que vos serve qual o curso superior que tem. E se este referir ensino, questionem se se importava de ser avaliado? A resposta só não é óbvia para os obtusos com palas nos olhos que pensam apenas no seu umbigo.
II – Défice de atenção
A grande reclamação dos resultados obtidos das manifestações, por incrível que pareça, não é a inexistência de recuo do governo, mas sim a falta de cobertura efectuada pela Comunicação social.
Reclamam que passa mais tempo a dar futebol e filmes do que a cobertura de manifestações. Sim, porque o comum dos mortais o que deseja realmente é passar um dia sentado no sofá a ver um grupo de Ignorantes ( ver texto IV) aos berros e a impedir o transito da capital.
Afinal o que os professores querem, não são melhor condições, mas sim mediatismo. Isso explica muita coisa ?
Sugestão: inscrevam-se em reality shows ou nos “Morangos com Açúcar

III – O profissionalismo acima de tudo
Noticia do dia: professores ameaçam greve e com esta o atraso na publicação das notas.
Claro que aqui o intuito dos professores deve ser a protecção dos alunos em época de Natal, para que estes não sejam castigados pelo mau desempenho no 1º trimestre. Não?!
Pois ... seria pouco provável mesmo. Porque se os professores não se preocupam minimamente com a qualidade do seu trabalho, com as ideias que transmitem aos alunos, com o rendimento dos mesmos, logo não se devem importar se estes chumbam ou não. Querem sim receber o ordenado no final do mês sem se cansarem muito.
Para quê? O problema da educação em Portugal é a Ministra, é a burrice dos alunos e nunca a qualidade dos educadores que muitas vezes entram em sala, lançam pedaços de folhas A4 ( note-se pedaços, nem sequer a folha completa) aos alunos, para preenchimento de exercícios e a correcção fica ainda ao encargo da pro actividade dos alunos e á troca de informações entre si.
Sugestão: Podemos, como pais preocupados, solicitar um avaliação a este tipo de professores? AH! Pois é?! É isso mesmo que eles não querem. Porque será?

IV – A qualidade acima de tudo
Na parca cobertura ( segundo os professores) dada as manifestações de professores, são feitas entrevistas com os próprios. Grande Erro.
Se estão a reclamar a avaliação e a crueldade do método, o melhor primeiro é aprender a construir frases e a expressa-las em português correcto. A maior parte dos entrevistados parecem personagens da TV Rural a falar. O sotaque pode não se conseguir evitar , mas a construção da frase, o contexto e a forma como a verbalizam deviam ser cuidados, pois estamos a falar com professores – os responsáveis pela educação de futuras gerações. Se nem falar sabem como podemos confiar nos seus ensinamentos?
Como podemos confiar nestas pessoas para se aplicarem, estudarem todos os dias, aprofundarem conhecimentos e estarem ao nível que se deseja num educador?
Sugestão: Avaliação de conhecimentos. Avaliação de competências. Os pais querem segurança garantida na educação dos seus rebentos, não querem falta de vocação e preparação.

V – A isenção
Outra reclamação bastante repetida é a do facto da avaliação ser efectuada por colegas professores e que muitas vezes não são da mesma área?
Esses colegas, certamente tem competência para tal, possivelmente foram avaliados e aprovados para o efeito.
E porque tem de ser da mesma área? A consolidação de conhecimentos aqui é secundária ao comportamento em aula. Primeiro aprendam a falar, depois aprendem a manter uma aula coesa e atenta e por fim dediquem-se ao passar de informação. Não se pode passar para a 3ª fase sem antes passar pelas bases.
Sugestão: Preferem ser avaliados pelos encarregados de educação? Vejam lá. Pensem Bem.

VI – Manipulação de massas
Voltando um pouco atrás , frisamos o facto de os manifestantes quererem mais audiências. E como não as obtêm através da manifestação têm de providenciar outros métodos de “dar nas vistas”.
Nestas situações ocorrem teatros vergonhosos como o da Escola Secundária D.Dinis, onde os “alunos” manifestaram o seu desagrado contra a ministra.
Qual desagrado? Quando questionados sobre o que estariam ali a reclamar, metade dos alunos não respondeu e a outra dividiu a sua opinião entre “o professor deixou-nos sair da aula para vir ver o que se passava” e “viemos para estar com os nossos colegas”.
Pergunta: Quando se questiona um adolescente se quer ficar na sala de aula ou sair, qual a resposta que se espera?
Quando se é responsável e se tem autoridade sobre uma turma, não se sugere se querem sair a meio da lição, a não ser que se tenha segundas intenções. Depois não digam que não estão a manipular os alunos, se não o quisessem fazer, não permitiam o abandono da sala de aula.
Sugestão: Querem impressionar a opinião pública, então trabalhem. Isso sim seria uma novidade. Não façam greves em vésperas de feriados, fins de semana e férias. Façam o vosso trabalho com rigor e não terão nada a temer da avaliação efectuada pelo ministério.
Toda a população, em todas as áreas tanto do sector público como do privado, são avaliadas constantemente. Dessa avaliação continua resultam tanto progressões de carreira como despedimentos, mas isto só depende da prestação dos avaliados.
Porque se julgam os professores, mais do que os outros para não serem alvo de avaliação... Eles que são um dos elos de maior responsabilidade na evolução de um ser humano em formação Social e cognitiva.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A culpa é sempre dos professores


O telemóvel toca dentro da sala de aula, o professor impõe respeito e tira o mesmo ao aluno. O professor é mau, a culpa é do professor.
O professor para impor respeito na sala de aulas e depois de vários avisos coloca o aluno na rua. Á hora da saída é espancado pelo pai do aluno. O professor foi incorrecto, a culpa é do professor.
O aluno tem más notas durante todo o ano e chumba. Os pais estão admirados com o facto. O professor não fez bem a avaliação, a culpa é do professor.
O Director de turma liga aos encarregados de educação da criança e avisa que a mesma não está a ter um bom rendimento escolar e aproxima-se o fim do 1ª trimestre. Os pais não vão á escola saber o que se passa. O professor deve ter-se enganado, a culpa é do professor
Os alunos durante o recreio espancam outro aluno, o pai do mesmo dirige-se á escola para verificar a situação e é espancado, bem como o seu filho pelos alunos e pais dos mesmos. A culpa é do professor….Esperem neste cenário não há nenhum professor envolvido. Ah. Tudo bem! O professor não agiu. O professor é mau, a culpa é do professor.

Conclusão: A criança é mal educada, violenta, atende o telemóvel dentro da sala de aula, tem mau aproveitamento e acaba por chumbar o ano e a culpa é de quem mesmo??

Do professor? Não me parece.
Da criança? Em parte, sim. Não se aplicou, não estudou, não foi educada.
Dos pais? Absolutamente. Afinal quem dá a educação, quem dá as bases e ensina comportamentos? Quem oferece os telemóveis a crianças muitas vezes sem idade para os ter e permite que os filhos os tenham ligados durante o período de aulas? Quem dá exemplos de violência ( mesmo que ocorram na TV) e não pune a sua imitação.

Tem sempre que haver um bode expiatório, mas na educação e formação de uma criança não há como fugir. O professor é apenas e só obrigado a ensinar a criança segundo os manuais escolares e prepara-la intelectualmente. A educação da mesma pertence aos pais daí a expressão – Encarregados de Educação – a estes cabem todas as funções inerentes á criação de alicerces de um ser humano capaz de viver e de se comportar na sociedade.

A tradução e legendagem em Portugal


A péssima legendagem que nos é apresentada todos os dias em filmes e séries é gritante. Como é possível que haja tanto erro de tradução e de português e isto é quando se traduz para esta língua , porque na maior parte das vezes quem está a ler legendas tende até a lê-las já com sotaque brasileiro porque é desse dialecto que se fazem as traduções.

Não é admissível tal situação, mais uma vez se prova a péssima qualidade dos programas de TV. Afinal em que pais estamos? È que, meus caros, mesmo que as legendas já estivessem implementadas com o acordo ortográfico certas expressões que aparecem no ecrã são tudo menos portuguesas.

Quando é se começa a reparar nestes pequenos “nadas”, nestas pequenas falhas que podem levar ao assassinato da nossa língua mãe? Quando começamos a prestar mais atenção á educação em si e menos a questões pessoais de professores ou questões de integração de estrangeiros?

Que as traduções de títulos e textos de filmes já era péssima, todos aqueles que entendem o mínimo de inglês já o sabem. Que se perdem piadas e trocadilhos também já se sabia, mas esta situação foi-se degradando um pouco mais a cada mês e ano que passa. Cada vez há mais filmes e piores tradutores. Será assim tão difícil?? Eu acho que não, e o exemplo disso é facilmente verificável.

Recuando alguns meses, relembramos as entrevistas de TV feitas á porta de livrarias onde crianças de 6º ano de escolaridade esperavam ansiosas pelo lançamento do último livro do Harry Potter, na sua versão original. E aqui a noção chave é certamente 6º ano de escolaridade, crianças que frequentam pelo 2º ano da sua vida aulas de inglês. Algumas quando questionadas do porque da leitura em inglês respondiam que não conseguiam esperar seis meses pela tradução para português além de que seria um óptimo exercício.

Conclusão: se uma criança de 11/12 anos consegue ler e compreender um texto destes, será que um tradutor profissional não consegue?

Mas também aqui fica um grande sentimento de orgulho para com estas crianças e seus pais que apoiam este tipo de acção, pois só prova que são criaturas com o mínimo de educação e gosto pela aprendizagem ( mesmo que misturada com um hobbie, com o prazer da leitura). Eu também não esperaria seis meses por uma péssima tradução.
Aliás não esperei mesmo e também não sei porque razão reparei nas legendas e reclamo das mesmas, porque há anos que não as utilizo. Mas eu e estas crianças não representamos a maioria da população que tem direito a ler com qualidade na sua língua natal seja que livro ou que programa de TV for.

Aquilo que nos é oferecido diariamente não é admissível e ponto final.

No seu supremo interesse…


Ultimamente, e mais do que nunca os portugueses estão familiarizados com a expressão “ no supremo interesse da criança”. Sabem o que significa, o que esta expressão defende mas quanto á prática, para não variar, nada se faz.

Há poucos dias passou na TV a reportagem sobre maus tratos a crianças, com esta análise televisiva aqueles que o não sabiam, passam a saber que em Portugal bater no próprio filho é crime. Quanto a este tema á muito para falar, mas na minha óptica á maus tratos piores, como por exemplo os abusos verbais.
Os abusos físicos deixam na criança marcas visíveis e denunciáveis , deixando assim ao critério de terceiros a possibilidade de agir, mas mesmo assim são marcas que tendem a passar com o tempo enquanto que nos abuso verbais as marcas são eternas e invisíveis a terceiros.

Nos dias que correm podemos ver todos os dias as preocupações que há com casos de maus tratos físicos, de situações de bulling *, de abusos nas praxes, de abusos nas salas de aula, tudo isto pode muito bem ser indicativo ou causa de traumas de infância. O que não se fala é do abuso psicológico que muitas crianças e pré-adolescentes sofrem dentro das quatro paredes do seu lar.

Agressões induzidas pelos pais. muitas vezes inconscientemente, muitas vezes causadas pela exaustão e stress do dia a dia.
Expressões como “ não vales nada”; “ se não estudares não serás ninguém na vida”; tens mau gosto” vestes-te mal”; “onde foste buscar esse cabelo” etc, serão as mais comuns e se repetidas todos os dias afectam o crescimento e a auto-estima da criança.

Mas pior do que todas estas agressões são aquelas que ocorrem num cenário de divórcio, exactamente no cenário berço da expressão “no seu supremo interesse”.Aqui os pais não hesitam em usar os filhos como arma e escudo contra o adversário – o futuro ex-cônjuge.

Neste cenário é frequente verificar a criança em estado de pânico porque durante os meses que dura o processo e posteriormente ao mesmo são bombardeados de mentiras, histórias e informações muitas vezes impróprias para a sua idade sobre o progenitor ausente.

Esta tendência verifica-se com mais frequência no progenitor feminino.Pode inclusivamente ser detectado mesmo antes da situação de separação. Quantas vezes não assisti-mos já a brigas conjugais onde a mãe ameaça sair de casa com a criança se o pai não fizer o que ela deseja? Não é uma chantagem assim tão rara como se imagina pois não?
Mais tarde e durante a separação assistimos a situações como “ não gostes do pai porque é mau e foi embora “ ou o pai tem uma nova namorada não gostes dela” ou pior ainda “ o pai tem uma nova namorada e agora só gosta dos filhos dela e tu és nada”.
Posteriormente ao divórcio temos pérolas como “ então o teu pai não te veio buscar, deve estar com a outra”, “deu-te uma PS III, deve ser para compensar a sua ausência ou para mostrar que é mais do que eu.” ou “se eu sou má e gostas mais da namorada do teu pai do que de mim, porque não te mudas de vez para casa deles”.

Mas o que é isto? Sabem bem que não estou a extrapolar nestes expressões, possivelmente estou até a ser bem, suave nas mesmas. Agora pergunto eu, onde está o bem da criança aqui? O Seu supremo interesse? E onde está aqui a intervenção do estado ou dos pedo – psicólogos ( que nos últimos anos nasceram tipo cogumelos por todo o lado)?

Isto sim é abuso. Isto sim causa traumas irreversíveis e isto sim vai moldar um futuro muito negativo para a criança.
O divórcio é uma fase traumática para os pais, mas acima de tudo é o para os frutos do casamento que se vêm como que num campo de ténis a ser jogados de um lado para o outro, a serem magoados no mais intimo dos seus sentimos.
Já não basta verem a sua vida quotidiana a ser abalada ainda têm de ver os alicerces da sua educação desabar e o mais puro dos sentimentos que conhecem – o amor paternal – a ser transformado numa arma de chantagem emocional.

Onde está aqui a figura paternal na verdadeira essência da palavra? Será realmente verdade que criamos monstros? Se nos revimos nos exemplos deste texto a resposta é sim…criamos monstros porque no fundo as crianças emitam sempre os pais seja por educação ou por não haver melhor exemplo a seguir.

Comportamento gera comportamento….


*bulling -termo de origem inglesa utilizado para descrever actos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou um grupo de indivíduos com o objectivo de intimidar ou agredir o outro incapaz de se defender.

A Educação de futuras Gerações

Quando se acabam os argumentos entra em acção a falta de compostura. O quer dizer da agressão ministra da Educação?
Eu digo que é verdadeiramente lamentável, sejam qual forem as ideologias, as cores politicas ou as nossa opiniões pessoais instigar ou provocar uma agressão nunca é a melhor solução.

“Ah porque foram os alunos” dizem uns…sim e quem os instigou? Quem não os controlou? Quem manipula as suas opiniões? Já ouve alturas em que ouve revoltas de alunos á porta do ministério da educação mas não se assistiu a tamanha baixaria como a da passada 3ª feira.

Eu digo e afirmo, não tenho pena nenhuma dos professores. Ainda ontem assisti a comentários de um senhor que se diz presidente de uma qualquer organização de professores que dizia ser muito difícil ( por exemplo) para um professor de interior ver –se forçado a aprender a trabalhar com o Magalhães. Forçado??? Como forçado?? Todos os meus educadores sempre me disseram que esta função de professor nunca terminava, era feita de muita pesquisa, cursos e conferencias de actualização era algo que nunca estava concluído, mas dai advinha o prazer de se ser professor e moldar as jovens mentes que por eles passavam.

Onde estão agora esses educadores? Esses fantásticos professores que moldaram as gerações até hoje; pelos quais havia respeito e orgulho?

Certamente não estão nestas manifestações?
Até porque estariam a ser incoerentes. Já aceitaram ser avaliados e já aceitaram este modelo e agora tornou-se de repente muito difícil? Não. Correndo o risco de parecer um certo personagem de TV, os professores estão é a demonstrar ser preguiçosos, não querem trabalhar.

Acima de tudo devem honrar o estatuto de professor e fazer o que lhes compete ensinar com qualidade tal como compete aos pais educar com qualidade.
Foi esta a profissão que escolheram e é bom que a façam não para passar o tempo e receber o ordenado mas sim porque gostam do que fazem, se assim não é há por ai muito hipermercado e contact center a necessitar de empregados e acima de tudo abrem mais vagas para aqueles que sabem o que querem e aceitam ser avaliados e, talvez os 1400 professores avaliados como Bons/Muito bons multipliquem.

E é esta multiplicação que se quer ver, ou pelo menos eu quero ver, porque não aceito que um filho meu não seja convenientemente ensinado , que não tenha bases ou mesmo seja passado por favor, como tantos são porque o professor não quer ter trabalho com ele no ano seguinte.
Para isso também os pais tem, de contribuir, pois começa em casa a preparação para a estabilidade na sala de aula. Na função dos pais inclui-se o estimulo pelo respeito á entidade do professor, bem como o mínimo de educação ( como por exemplo na utilização de telemóveis na sala de aula).

Todos neste momento, deveríamos esquecer antigas quezílias ou pseudo-traumas de infância e apostar naquilo que verdadeiramente importa – a Educação das futuras Gerações.

Deixo ainda no ar varias perguntas:

1) Se todos nós , todos os dias nos superamos e aprendemos algo novo, em vários campos da nossa vida, será assim tão complicado adaptarmos-nos as novas tecnologias?
2) Somos assim tão egoístas que não queremos dar uma 2ª oportunidade a quem não teve uma 1ª e agora pretende evoluir ( ao contrario dos professores) e aqui estou a referir-me a alunos das novas oportunidades?
3) Vamos lutar pelos professores ou pela qualidade e futuro dos nosso descendentes?
4) Em época de crise vamos lutar pelo bem futuro dos nossos descendentes, ou deixar andar e eles que se eduquem sozinhos com os “ bons” exemplos que são os computadores, consolas, séries de TV e os amigos?

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Quando o aluno supera o mestre... ou não.


Naquela fabuloso mundo que são os transportes públicos observam-se as maiores pérolas de sapiência popular.
Hoje tive a oportunidade de presenciar , tal David Attenborough, a progenitora em plena acção de educação das sua cria. No intuito de distrair a criança durante ao longo trajecto de autocarro a progenitora propõe jogar ao jogo dos animais ( jogo onde basta dizer o nome dos mesmos) e de imediato começa a maratona.
Até aqui tudo normal, até que a cria diz “ ornitorrinco” e a progenitora responde “ isso não existe”, “estás a inventar”.
A reacção de qualquer pessoa minimamente inteligente ao observar esta cena e ao ouvir tamanha barbaridade foi enviar um olhar mortal nº 30 á referida progenitora, mas ninguém se lembrou de a corrigir.
Mais uma vez a minha maior duvida surgiu no fundo da minha mente, será que todos temos capacidade para ser pais e educar uma criança? Depois desta demonstração a resposta é claramente, Não.
Como é que é possível não saber o nome de um animal e posteriormente ainda ralhar com a criança e apelidá-la de mentirosa. Hoje em dia a preocupação generalizada é não bater nas crianças para não as traumatizar, no entanto permite-se este tipo de abuso psicológico e educativo.
Já é hábito o ser humano não admitir as suas falhas, erros ou dúvidas mas no que toca á educação das nossas crianças temos de ser um pouco mais humildes e reconhecer as nossas duvidas e limitações, de forma a superar essas mesmas lacunas e aprendermos para mais tarde ensinar aos nossos descendentes. Há que ter sempre em conta que a aprendizagem é um processo que nunca será terminado pois todos os dias nasce algo novo.
Por isso a dica do dia é mesmo eduquem-se, leiam, cultivem-se e façam desta forma florescer o futuro das crianças.