terça-feira, 15 de janeiro de 2013

I miss us



   Tenho saudades minhas, daquela que era quando estava contigo. Há quem diga que essa era uma cabra, má, fria, insensivel, calculista e tantos outros defeitos, mas é dela que sinto falta.
   Este meu novo eu é apenas uma casca de tudo o que eu tinha conquistado. Sem ti sinto-me fraca. 
   Eu sei que é um contrasenso.
   Eu sei que aquela outra  que era forte e não precisava de nada nem de ninguém e ia à luta e conquistava todos os seus objectivos, essa era a que de mais apoio necessitava.
  Mas é como te digo, tenho saudades de ser aquela que era contigo. Hoje sinto-me cansada, não um cansaço fisico mas sim um cansaço da alma...o pior de todos.
  Sei que hoje estou mais forte pois sobrevivi e enfrento o mundo e o futuro sem ti, mas cada dia é uma batalha que me parece infundada.
   Hoje existe apenas uma sombra de mim. Alguém calmo, amoroso, apaziguador  e de bem com a vida...mas o brilho desapareceu, a minha chama apagou-se contigo.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Preciso de me re-inventar

   Preciso de tempo, até de mim mesma. Preciso de me afastar das minhas próprias cobranças,esperanças, sonhos e objectivos.     
    Preciso de me reconstruir, de me reinventar, de redefinir e  realinhar todas as coisas que me andam a tirar do sério e tu és uma delas.
   Dou por mim muitas vezes a centrar-me em sentimentos antigos e não deixo sequer espaço para novas vivências, novas experiências e novas sensações.
  Não me posso entregar assim. Não  me posso envolver demais nos nossos momentos....espero que me entendas.
  Sinto que dependo demasiado de ti, demais até para o meu gosto.
Só de pensar em te deixar sinto um aperto sufocante no peito, mas espero que entendas porquê me afasto.

   Preciso de me encontrar, de me amar talvez de me re-inventar e só depois poderei dedicar-me a alguém, amar alguém...amar-te a ti...regressar a nós.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Desilusão.....

  Um dia perguntaram-me se alguma vez me tinham desiludido profundamente, claro que a resposta foi positiva. Todos nós de uma forma ou outra alguma vez na vida sentimos o sabor amargo da desilusão. no entanto, no meu caso foi por pura teimosia em não encarar os factos.
  As pessoas só nos apanham desprevenidos e nos surpreendem pela negativa  se não os conhecermos bem ou, como no meu caso, ignorarmos todos os sinais de alarme.
  Quando ouvimos uma pessoa mentir constantemente a terceiros, contradizer-se, inventar uma vida fantasiosa para se fazer parecer com mais do que aquilo que é, do que estamos à espera?
   Essa pessoa vai, mais cedo ou mais tarde, arrancar-nos o coração e atirá-lo para o lixo.
   Na minha opinião evitar a desilusão é fácil, temos apenas de ser um pouco mais objectivos ao analisarmos quem nos rodeia e nunca em tempo algum achar que os outros agirão da mesma forma que nós, pois cada um tem a sua personalidade e lida com as situações da melhor forma que pode.

sábado, 5 de janeiro de 2013

A última lição do ano

   No último dia do ano decidi visitar o Zoo. Muito mais do que uma reminiscência da infância ou um recordar as belezas que connosco partilham este planeta, esta visita foi um abrir de olhos.
   Numa época em que todos se queixam, choram e não sabem o que fazer para combater a crise olhei para os "animais irracionais" enjaulados e em exposição para o nosso divertimento e pensei como eles eram realmente os mais inteligentes.
  A sua capacidade de adaptação, de suposta obediência ao homem, a sua capacidade de ser domado ou treinado não passa de uma fachada fantástica do reino animal.
   O homem adora o seu animal doméstico, cuida dele, alimenta-o, mima-o, brinca com ele e leva-o a passear porque não fazer o mesmo. - Pensou o animal selvagem.
   Posso viver em cativeiro e ser apreciado pelos filhos do homem, mas estou seguro aqui. Tenho alimentação garantida, não sou caçado, tenho veterinário e todas as minhas condições naturais de sobrevivência são providenciadas. Perfeito!

   Aqui está a lição, muitas vezes temos de dar um passo mais em frente e abdicar de um pouco da nossa essência para sobreviver ou para ser mais bem tratado.
  É essa a grande verdade dos habitantes do planeta terra, tem de se saber adaptar ao contexto inserido e evoluir...Afinal só o mais forte sobreviverá.