terça-feira, 31 de março de 2009

A Educação começa em casa

A educação começa em casa, este é um ponto que já foi, aqui verificado várias vezes. E ao que parece a minha opinião não é a única. Alguns pais conscientes decidiram fazer uma petição a exigir alterações legislativas que responsabilizem os pais pelos casos de absentismo, abandono e indisciplina escolar .
Esta medida vai já a caminho de discussão na Assembleia da República , após ter reunido muito mais que as 4000 assinaturas necessárias ( para debate de situações na AR).
Este documento visa então apelar para uma maior presença dos encarregados de educação na vida escolar do seu educando, não estando coniventes com a forma jocosa e demasiado relaxada com que estes encaram a escola, os estudos e o respeito á figura do professor.
Obviamente que não se pode esperar que ao descarregar os filhos numa escola eles saiam de lá educados social e intelectualmente, sem nunca terem tido bases que lhes permitissem saber comportar-se na sala de aulas e assimilar a informação prestada. Cabe aos pais educar no sentido de prevenir ou mesmo evitar a instabilidade no recinto escolar, bem como fazer cumprir a escolaridade obrigatória.
Estas medidas , mais uma vez deve ser visado, não pretendem castigar os pais, mas sim consciencializá-los para a realidade do mundo e para a importância da educação e para a imperatividade de apostarem na formação, no futuro dos seus descendentes.Há algumas semanas, criticava-se o facto de um grupo de crianças de etnia cigana terem aulas num contentor, mas não falaram do facto desta iniciativa ser algo inédito e que envolveu a colaboração de câmara municipal, da escola local e dos pais destas crianças, que perceberam a necessidade de dar educação e de integrar os filhos na sociedade.
Palavras para quê? Não nos podemos limitar a criticar os professores e o governo, pois o futura dos nossos filhos depende apenas e só das suas bases e essas nascem em casa, com educação e bons exemplos parentais.

Petição disponível em www.peticao.com.pt/responsabilizacao

Jorge Miranda



A proposta para novo provedor de Justiça, do Governo foi Jorge Miranda. Para muitos este nome não diz nada , mas para aqueles que se interessam sabem que a escolha do governo não poderia ser mais correcta.
Jorge Miranda é apenas e só o “ pai” da constituição portuguesa.
Agora pergunto eu, porque não se colocam de parte todas as brigas partidária, todas as concorrências patéticas que acontecem imediatamente antes de períodos eleitorais e não se foca a atenção no que realmente importa?
Se este individuo é o indicado para o lugar, o indicado para o pais, porquê reclamações da oposição. Por um momento deixem de parte as criancices tão típicas da Assembleia da republica e dediquem-se ao que se passa nas ruas.
A quem interessar um pouco mais de informação

O Desemprego e a aposta na formação

No dia em que Teixeira dos Santos - ministro de Estado e das Finanças – emitiu declarações relativas aos efeitos da elevada taxa de desemprego ( cujos números não param de crescer), pesquisando nos sites de emprego verificamos a existência de vários anúncios que procuram candidatos com idade até aos 27 / 29 anos
Como é ,então, suposto combater as "tensões e problemas sociais graves em resultado do crescimento do desemprego”, quando a maioria dos desempregados tem idades superiores a 40 anos?
Pretendem as empresas contratar jovens em busca de primeiro emprego, sem experiência e sem “responsabilidades” em detrimento de pessoas um pouco mais velhas, mas que garantiriam uma qualidade e continuidade na sua prestação apenas adquirida pelos anos de prática?
E será o português capaz de se adaptar á nova realidade e enveredar por uma área de trabalho distinta daquela que ocupava, quem sabe enveredar pelo mundo dos callcenter’s, por exemplo ?
Outro problema grave é a falta de qualificação deste elevado número de desempregados. Apesar de se fazerem imensas criticas ás medidas governamentais como o programa das”Novas Oportunidades”, a realidade é que estes pretendem colocar a nossa população á altura da concorrência tanto nacional como europeia cujo nível de qualificações é bem superior.
A realidade é que neste momento, mais do que nunca temos de nos adaptar ás oportunidades que nos são oferecidas e acima de tudo mesmo que não estejamos satisfeitos com aquilo que temos em mãos, temos de nos esforçar pela sua manutenção enquanto, por outro lado, podemos apostar na nossa valorização pessoal e profissional.
Nunca antes se viu uma tamanha oferta de cursos profissionais e de consolidação de conhecimentos. A nossa valorização está bem ao nosso alcance só temos que a agarrar.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Finalmente um pouco de Cultura


Série documental "Grandes Livros" arranca hoje na RTP2
27.03.2009 - 12h30 Joana Amaral Cardoso
É com "Os Maias", o clássico de Eça de Queiroz, incontornável para os estudantes e para a literatura portuguesa, que arranca hoje a série documental Grandes Livros. Cada um dos doze episódios da série centra-se num romance de autores clássicos portugueses, seleccionados tanto pelo seu apelo transversal quanto pelo paralelismo em relação aos programas escolares. E pelo seu potencial audiovisual que contêm.Luís Rebelo, director-geral da produtora Companhia das Ideias, explica que a abordagem a um livro por episódio "nunca se tinha feito e era claramente um desafio". As obras (uma única por autor) são "'mainstream' (é a melhor maneira de chegar junto do grande público) e aquelas que têm mais hipóteses de ser televisionadas", explicou ao P2. A produtora anuncia inovação no cruzamento da "História com a estória do livro", diz Luís Rebelo. A ideia é criar "narrativas elípticas" em que várias histórias se entrecruzem, unidas pelos guiões de Alexandre Borges. Os recursos base são imagens de arquivo, vídeo e fotográfico, muitas entrevistas (hoje há Isabel Pires de Lima, Inês Pedrosa e Francisco José Viegas) e recriações sobre o autor (e não sobre a obra), além da narração de Diogo Infante. E "há muitas histórias que se contam a reboque destes livros em cada episódio", acrescenta Paula Moura Pinheiro, sub-directora de programas da RTP2. Sobre Portugal e sua cultura. "Grandes Livros" surge na RTP2 por este querer ser "o canal que propõe aos portugueses um reencontro, com qualidade, com a produção televisiva que lhes fale das suas raízes culturais e das suas obras", diz Jorge Wemans, director de programas, que quer também fomentar o gosto por ler". A série versará sobre "O Delfim" (José Cardoso Pires), "Os Lusíadas" (Camões), "Amor de Perdição" (Camilo Castelo Branco), "Peregrinação" (Fernão Mendes Pinto) ou "Sermão de Santo António aos Peixes", entre outros. A vida de Grandes Livros continuará para além da TV. A RTP2 quer editá-la em DVD e imagina-a nas escolas e leitorados portugueses do mundo. E estima que ela pode ter "expressão nas redes sociais" na Internet, mas Jorge Wemans referiu apenas que, após a sua exibição e passagem a DVD, poderá estar em "streaming" nos sites da RTP. A RTP2 financia integralmente "Grandes Livros" e Wemans disse apenas que se tratou de um investimento significativo. Cada programa é antecedido, à quinta-feira, por tertúlias no El Corte Inglés, a única entidade entre as contactadas pela produtora (públicas e privadas) que acedeu colaborar ou patrocinar a série.


Palavras para quê? Estou emocionada. Finalmente um pouco de cultura na grelha de programações da TV nacional.
Só é pena que o zapping da maior parte da população salte do canal 1 para o canal 3 , sem passar pela casa de cultura e sem ganhar uns gramas de conhecimento.
Acima de tudo o que me emociona é o facto de ser um programa dedicado inteiramente á literatura portuguesa, por momentos pensei que esta programação se referi-se á reposição de série ( de origem britânica) já existente e que relata as grandes obras da literatura mundial.
Vamos aguardar que as audiências sejam boas e façam muito mais que 12 episódios. Sonhar não faz mal, pois não?

E Deus criou os oportunistas...


27.03.2009 - 08h57 PÚBLICO
A crise financeira internacional foi criada por “gente branca e de olhos azuis”, acusou ontem o Presidente brasileiro, Luis Inácio Lula da Silva. Ao lado do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, de visita a Brasília, Lula afirmou: “Não conheço nenhum banqueiro negro ou índio”, cita o jornal “Estado de São Paulo”.Lula contestou que haja questões ideológicas nas suas avaliações sobre a crise financeira mundial. “Não existe questão ideológica, existe um facto que mais uma vez percebe-se que a maior parte dos pobres que [nem] sequer participava na globalização estava sendo uma das primeiras vítimas da crise. O preconceito que vejo é contra os imigrantes nos países desenvolvidos", afirmou.Dirigindo-se aos jornalistas, no Palácio da Alvorada, o Presidente defendeu a regulação do sistema financeiro internacional. “Não é possível uma sociedade em que você entra no shopping ou no aeroporto e é filmado, sempre vigiado, e o sistema financeiro não ser vigiado e não ter uma regulação.”Os dois líderes propuseram a criação de um fundo de 100 mil milhões de dólares para relançar o comércio mundial afectado pela crise. “Temos necessidade de uma transfusão na economia mundial e vou pedir à cimeira do G20 na próxima semana [de que Brown é o anfitrião] que apoie um financiamento de 100 mil milhões de dólares para ajudar o comércio no mundo inteiro”, declarou o primeiro-ministro britânico, citado pela AFP.A cimeira começa em Londres, a 2 de Abril, para que os líderes das 20 principais economias do mundo –de que o Brasil faz parte – possam concertar uma resposta à crise. Lula tem defendido uma liberalização das trocas comerciais como medida para auxiliar os países emergentes, muito dependentes das suas exportações.


O curioso desta noticia, é que a li poucas horas depois de ter ouvido uma conversa nos transportes públicos que me ajudou a compreender o ponto de vista da migração brasileira visto por emigrantes de outras nacionalidades e forma como esta está afectar os mercados e vidas dos emigrantes em geral.
Este tema de conversa não é inédito, já o conhecia há alguns anos, mas nunca como agora se ouvem tantas reclamações e criticas em público por parte dos emigrantes de raça negra ( por exemplo).
Que o português reclama bastante a” invasão brasileira”, que existem pessoas que se recusam a entrar em lojas de centro comercial onde se ouve musica brasileira, que ao pedir um café vamos receber uma resposta em brasileiro, já todos sabemos, é a realidade que temos. Mas como se processam as coisas do outro lado do balcão do café, das lojas ou mesmo no mundo das limpezas?
A realidade a que hoje tive acesso deixou-me abismada. Ao que parece também no mundo das entrevistas o favoritismo recai no povo brasileiro, apesar das suas parcas capacidades para efectuar o trabalho. Este tipo de trabalhador apesar de favorito do patrão, é visto pelos colegas como preguiçoso, desleixado, incumpridor de todas as normas e regras excepto a hora de saída, essa sim religiosamente cumprida.
A realidade dos locais de trabalho, como em tudo na vida, não é linear. Existem pessoas boas e más, intriguistas, oportunistas, graxistas, há aqueles que se deixam pisar, há os favoritos do chefe e aqueles que o chefe “tomou de ponta” e há sempre colegas que se queixam uns dos outros, esta é uma verdade inegável. Mas também é inegável que quer como clientes quer como colaboradores já podemos verificar a inércia de trabalhadores brasileiros, por isso não é descabido acreditar nas alegações destes colegas de trabalho.
O que é triste é que existe tanta gente no desemprego e a querer realmente trabalhar e certas e determinadas pessoas aproveitam-se de conhecimentos ou do facto de serem “ coitadinhos dos emigrantezinhos brasileiros discriminados” para ganhar o ordenado ao fim do mês há custa do trabalho de terceiros.
No mundo das limpezas, o patrão despede a emigrante angolana, por esta ser lenta nas suas funções e contrata uma brasileira que para não estragar as unhas empata trabalho até uma colega a ajudar nas tarefas mais “pesadas”.
No mundo das lojas, o patrão contrata brasileiras, tem corpos mais apelativos para desfilar as fardas e fazer publicidade grátis ao negócio. Para mim esta é uma contratação com conotação sexual.
No mundo dos cafés, o patrão contrata brasileiras,são boas conversadoras e atraem clientes.... e tem de fazer uma nova contratação todas as semanas. Será que nunca se vê a mesma pessoa duas semanas seguidas devido as reclamações de clientes que se cansam de fazer o mesmo pedido 5 vezes ou de esperar horas pelo troco ou pelo produto desejado, apesar da “simpatia” da empregada.
Será que num mundo em crise , em que se criam leis e medidas de combate ao desemprego e motivação de empresas não é mais válido contratar pessoas com base nas suas capacidades e não na sua nacionalidade?
Quem lê este artigo pode estar agora a pensar, que o autor é racista, mas o racismo começou com o próprio tema, com o comentário xenófobo do presidente brasileiro e com a constatação destas contratações sem critérios de rigor.
Como se pode dizer que a crise é culpa raça X ou da nacionalidade Y? A culpa da crise é das pessoas que dão ouvidos a este tipo de comentários desprovidos de nexo e daqueles que o proferem e não são advertidos para pararem de dizer imbecilidades.
Brancos, pretos, cor de rosa, amarelos seja o que for , há que começar a julgar as pessoas com critério e rigor e não pela aparência ou proveniência e se realmente se comprovar que , por exemplo os brasileiros são preguiçosos e os responsáveis pelo aumento da criminalidade em Portugal e restante Europa, aí sim devem ser tomadas as medidas necessárias para combater esta situação.
O apelo de hoje vai dirigido a directores de recursos humanos e restante pessoal responsável por entrevistas e contratações...acima de tudo rigor. Avaliem, façam testes psicotécnicos, pensem com a cabeça quando fazem contratações seja a que nível for. E para as várias empresas de trabalho temporário que por ai andam fica o apelo de pensarem no cliente para quem estão a contratar, o cliente certamente quer pessoas fiáveis, responsáveis e de preferência com idade e maturidade para encarar as suas funções com profissionalismo e a longo prazo.

sexta-feira, 20 de março de 2009

A modernidade começa de dentro para fora.

O seu maior desejo era superar a família e mostrar a todos o quão bem sucedida era em todos os campos da sua vida. Apesar de ser a mais nova e a protegida dos membros mais velhos, havia nela uma necessidade de afirmação e de superação inexplicáveis. Todas as conquistas e acções de terceiros representam uma barreira a superar.
Casas, casamentos, filhos, amizades, profissões, roupas, carros tudo é motivo de competição. Até aqui tudo não passa de uma banalidade no mundo em que vivemos actualmente e em que todos competem entre si e tentam atingir as metas impostas pelo pseudo jet-set, a particularidade aqui é que falamos de pessoas de classe média baixa, sem aspirações de um futuro melhor e no fundo trabalham apenas para as aparências.
A necessidade de afirmação dela levou a um casamento em tenra idade, a uma gravidez precoce para provar apenas que era tão ou mais capaz de gerar e educar um filho como os outros. Estas pequenas grandes conquistas para o objecto em análise são motivo de orgulho e sente-se de alguma forma como vencedora da sua batalha contra aqueles que ela acha que estão a competir com ela.
A verdade é bem mais cruel . Um casamento e uma gravidez que ocorrem numa idade em que se deveria estar a divertir, a conhecer-se a si mesma e ao mundo, acrescida de uma educação típica de irmãos mais novos faz com que esta criatura tenha uma fraca maturidade ( para não falar em total ausência da mesma) e procure agora viver através dos filhos aquilo que não gozou na sua infância.
O défice de atenção ( agravado pelo elevado número de membros da família) reflecte-se agora no chamar de atenções para as conquistas normalíssimas dos seus filhos e para o facto de estes serem perfeitos comparativamente a outras crianças da mesma idade , na valorização do carro ou carros familiares e na casa digna de revistas que apresentam ás visitas.
As eventuais necessidades nutricionais e de vestuário do passado são colmatadas com uma alimentação da criança desregrada e absolutamente incorrecta , onde imperam doces e fritos e um excessivo guarda roupa que é igual ao do progenitor do mesmo sexo .
Uma mulher assim encontrou o príncipe encantado, quando conheceu um Jovem originário de um mesmo contexto familiar deficitário a nível económico e afectivo.
Para ele não existem metas ou objectivos, guia-se pela ambição de outros e como paga deseja apenas ter um carro bem apetrechado pelos regras do tunnig , o almoço / jantar na mesa quando a fome aperta e total liberdade para o seu mais recente interesse – a imagem pessoal.
O resultado desta união pode até parecer perfeita, mas não o é. No fundo estamos a olhar para duas pessoas intelectualmente infantilizadas que vivem de sonhos e aparências. O grau de escolaridade não chega nem ao nível obrigatório, o nível de educação reflecte o meio em que foram educados, a maturidade do relacionamento revela a gritante falta de auto-conhecimento e crescimento emocional individual.
A sua modernidade como casal funciona apenas da porta de casa para fora e alimenta-se de aparências físicas.
Ele auto-intitula-se metrosexual, mas só em part-time. Ela elabora mega produções de imagem quando recebe ou faz visitas , mas não tendo plena consciência do seu corpo, da moda em vigor ou da reacção dos materiais com os quais são confeccionadas as suas roupas de pouca qualidade, muitas vezes falha o objectivo.
No que toca á educação do filho em comum, esta prima pelo mimo excessivo, sendo a criança a “dona da casa” e um jovem ditador em potência ao qual todos obedecem.
Dentro das quatro paredes as situação é grave. Ele é o típico homem machista que não faz absolutamente nada em casa e o que faz é de má vontade, a mulher é uma mera empregada doméstica que tem a honra de dormir com ele e ser mãe dos filhos. Ela julga-se emancipada e liberal mas acarreta todas as ordens.
As agressões verbais são mutuas, de uma crueldade elevada e baixissimo nível. As retaliações fazem-se sentir mais tarde através da manipulação dos descendentes.
Por muito modernos que queiramos ser há algo que temos ter sempre em conta, a modernidade começa de dentro para fora. As aparências são mascaras que facilmente caiem revelando assim o vazio que existe em nós ou a fealdade da nossa realidade.
Nunca seremos modernos se em publico vivemos como se fossemos uma personagem de conto de fadas e na intimidade do lar agimos como primatas.

Reflexões do dia (20.03.2009)

- “Amo-te Zosé Paixão Esperamça”
E ainda reclamam o alargamento do período de escolaridade mínima para 12 anos?! Como pode um pais avançar se nas paredes da capital encontramos cúmulos de iliteracia deste tipo.


- Eleições devem ser a 5 de Junho - Sporting vai propor referendo aos sócios para votar projecto de reestruturação financeira
Que grande noticia esta, assim a população, ou pelo menos os sportinguistas, ganham embalagem e vão votar no dia 7 de Junho para as eleições europeias. Acredito que se vão verificar grandes conclusões após estes actos eleitorais, mas a maior delas vai concerteza ser a constatação daquilo que realmente importa para os Portugueses – O futebol.
Se posteriormente se verificarem médias de adesão, de abstenção etc, a conclusão vai ser triste para aqueles que pensam em coisas realmente importantes.
Mas também aqui há que realçar o brilhantismo da marcação de eleições, independentemente do tipo, para a antevéspera de uma semana de feriados e pontes que a maioria da população vai aproveitar para fazer umas mini férias. Fantástico.

- Força Barack Obama !
Passaram já 2 meses, desde o tão desejado 20 de Janeiro de 2009 e tanta coisa já foi conquistada pelo novo presidente dos EUA.
Desde as medidas tomadas para fazer face á crise aos actos diplomáticos de aproximação ao Oriente, tudo indica que os EUA entraram finalmente nos eixos, virando as costas ás linhas de governação da administração Bush e ao seu belicismo opressivo que ao que tudo indicava se iria estender ao mundo no seu todo, caso este não demonstrasse o seu incondicional apoio aos “policias do mundo”.


- O Papa visita África
O povo africano aguarda ansiosamente a chegada do sumo pontífice ao seu pais natal. Vibram com a perspectiva de apoio clerical e pacificação de espíritos inquietos. Não adianta fazer com que pensem racionalmente, já alguém disse que a religião é o ópio do povo, e esta afirmação não podia estar mais correcta.
È certo que as pessoas precisam de algo ás quais se apegar , principalmente em fases mais problemáticas da vida, no entanto, como podemos procurar apoio e consolo numa entidade distante, cujo representante visita o pais de 10 em 10 anos e se limita a criticar certos hábitos e costumes que certamente ajudam a não piorar certas questões.
O Vaticano continua a degladiar-se com o seu inimigo mortal - o preservativo – apelando a abstinência, mas como pode a entidade” representante” na terra do Deus criador negar, rotular e criticar a natureza do objecto criado – o homem.
Podíamos ficar horas a discutir religião, mas a conclusão pode apenas ser uma. A Igreja católica tem de se adaptar ao mundo real e ao secúlo XXI de forma a cumprir as suas funções e dar o apoio necessário aos seus seguidores.

Uma história sobre mulheres despeitadas e sua falta de bom senso

“ Desculpem interromper, mas à falta da devida atenção a este problema pela imprensa actual (o que também constitui um problema grave) recomendo um blog, extremamente interessante para vocês portugueses: - que são esposas e cujo marido gosta de dar umas voltas/ir às meninas, mesmo que vocês não saibam - consomem ou consumiram algum tipo de substâncias injectáveis - têm ou tiveram relações sexuais desprotegidas - são profissionais de saúde e por isso lidam com pacientes com doenças infecciosas Usem 5 minutos do vosso tempo e ganhem alguns anos de vida. (...)
E o blog é sidadania. Contém informação nua e crua sobre o tema, comentários e até testemunhos. Cerca de 40.000 (sim, quarenta mil) portugueses estão infectados com o vírus do HIV, para terem uma ideia da dimensão ronda o número de professores no desemprego, portanto vejam que as probabilidades de conhecerem e até conviverem com algumas pessoas nessa situação são elevadas. Este blog também chama a atenção para a vulnerabilidade social das mulheres (em alguns meios, há esposas que consideram aceitável que os maridos dêem umas "escapadelas", sem saber se estes se protegem ou não).Penso que este assunto merece muito mais atenção por parte dos media, em lado nenhum se ouve falar de SIDA, isto em Portugal que está no topo da Europa em casos de infecções por HIV ( e também tuberculose, que é considerada uma das consequências do HIV). Nas novelas, nos telejornais, séries, filmes, notícias não há uma única referência a esta doença. Inacreditável!”

19.03.2009 - 23h42 - Ana, Coimbra


Este comentário, publicado na área de comentários de um conhecido jornal diário online, até poderia ser bastante útil não fosse o facto de estar colocado junto de debate de um tema que nada tinha a ver com o assunto.
Mais uma vez a informação útil que uma cidadã prestável pretende passar á sociedade é completamente aniquilado pelo despropósito da sua atitude. Em vez de olharmos para esta senhora com bons olhos , imaginamo-la de imediato como uma frustrada cujo companheiro a trocou por outra pessoa.
Casos como estes não são inéditos ou raros nos tempos que correm, existem traições, casos, homens e mulheres que têm vários parceiros sexuais ou as chamadas “ amizades coloridas”, não há como negar esta realidade e há também que encarar a realidade com o mínimo de dignidade e bom senso.
Dignidade e Bom senso?! Cá estão duas características que não existem numa mulher despeitada e todos nós, infelizmente, já nos devemos ter cruzado com várias destas personagens ao longo da nossa vida.
Representam um espetaculo deplorável de insanidade , insensatez, imbecilidade e maldade, que se tornou já alvo da crescente vaga de psicólogos/ escritores que surgem actualmente. Já imperam nas áreas de auto ajuda das livrarias títulos como “Saiba lidar com a separação”,”guia para avançar com a sua vida” ou”Sofrer para que – guia para superar o divorcio”.
Também aqui assistimos ao espectáculo deplorável de exploração de pessoas que já estão sensibilizadas, mas não podemos negar o mundo capitalista em que escolhe-mos viver, logo temos de assumir estas e outra explorações como resultado do nosso estilo de vida.
Não fugindo ao assunto, a questão aqui prende-se com a tendência para a vitimização das mulheres e quando esta falha a passagem para a agressão física e verbal do denominado traidor e mesmo de terceiros que possam ser apanhados na vaga da insanidade.
Porque continuam as mulheres a tentar “lavar a sua roupa suja “ em publico? Gritar para toda a vizinhança ouvir, impropérios e falsas agressões? Porque insistem em fazer “cenas”, perseguir pseudo amantes , destruir os bens dos seus ex-companheiros e a grande favorita, difamar os ex-companheiros.
Sentir raiva, dor ou despeito é normal, mas porque tornar estes sentimentos públicos. A dignidade pode até ser a única coisa que resta á mulher mal amada e ela deita tudo a perder quando expõe a sua vida privada em praça publica e pior ainda quando perde por completo o bom senso e para além de se chorar e lamentar, tenta conquistar apoios através da cruel difamação do ex-companheiro.
O destino destas mulheres, não poderá ser outro senão a solidão. Ninguém gosta deste tipo de atitude negativa e também nas costas de outros se vêm as nossas. Amigos e possíveis futuros companheiros fogem ao mais rápido possível para ambientes bem mais agradáveis.
O que resta então a estas mulheres? Escrever para o vazio, para a vastidão do mundo da internet, mais uma vez tentando chamar atenção e mais uma vez dando azo a criticas e olhares de piedade.
Acima de tudo Dignidade e Bom Senso!

terça-feira, 17 de março de 2009

Nos nossos filhos vimos o nosso futuro


Nos nossos filhos vimos o nosso futuro, dizem alguns pais orgulhosos, mas o que vi ontem no jornal da noite foi para mim um preludio de mais uma geração lamentável.
Que o estado da nossa educação é precário todos sabemos. Que os pais não tem muito tempo com os filhos, também sabemos. Que a cultura das crianças se baseia nos episódios do Noody e dos Morangos com Açúcar também sabemos, mas é vergonhoso assistir a cenas como as de ontem ( 16.03.2009) na porta da Assembleia da Republica.
Aguardava-se a chegada dos Reis da Jordânia na A.R com toda a pompa e circunstancia e os média entrevistavam transeuntes sobre a situação. Os adultos demonstravam a sua ignorância habitual com comentários depreciativos aos limites impostos ao transito, não demonstrando qualquer estimulo intelectual quando lhes referiam que quem ia passar era um chefe de estado e logo as normas de segurança tinham de ser cumpridas.
As crianças reflectiam a “inteligência saloia” dos pais e esta sim é motivo de grande preocupação para todos nós. Uma turma de um colégio pré-primário em visita de estudo á AR e que certamente sabia onde ia e o que ia ver , aguardava também a chegada dos ilustres convidados. Ao serem entrevistados e observando as respostas das alegres criancinhas não podemos deixar de sorrir e pensar: - “que fofos, nem sabem a honra que é estar ali, neste momento “ - e de repente o momento é irreversivelmente arruinado quando uma criança diz “ Reis da Jordânia?! Devem ser uns pretos quaisquer.”
Gelo! O horror! O cumulo da Ignorância! Sinceramente espero que os pais desta criança sintam vergonha pelos 15 segundos de fama da sua cria e tenham consciência do péssimo trabalho educativo que estão a efectuar. Não tanto pela falta de cultura, porque é absolutamente normal que uma criança de 5/6 anos não saiba onde fica a Jordânia ou que existem reis desse pais, mas pela expressão de mau gosto, racismo e desprezo colocadas nesta breve mas tão reveladora frase.
Tentando salvar a honra da sua geração um colega desta criança responde com a sua inocência infantil “ Então e depois, continuam a ser pessoas como as outras”, mas esta tentativa soa a oco depois da declaração anterior.
Questiono-me todos os dias sobre o futuro do nosso país, como muitas outras pessoas nos dias que correm, e a cada dia que passa a conclusão é sempre a mesma.
Nós somos o que os nossos pais fizeram de nós, as suas acções, presenças ou ausências, uma educação austera ou mais carinhosa, uma presença constante e intervenção dos avós no nosso crescimento ou apenas o simples facto de nos darem tudo de bandeja , responderem as nossas questões diárias ou nos fazerem pesquisar , trabalhar para atingirmos o que desejamos e assim incutir um espírito de proactividade e estudo.
Logo, o que nós somos será realmente reflectido nos nossos descendentes. É uma responsabilidade imensa formar um ser humano. Não basta providenciar-lhe meios de estudo, brincadeiras, cuidados e alimentação acima de tudo temos de os dotar de valores sociais e morais, de educação e cultura, de sensibilidade e consciência.

segunda-feira, 16 de março de 2009

O emblema da ignorância


Hoje ( 16.03.2009) os jornais indicavam a nova fabulosa medida dos professores na sua luta contra a avaliação – o Crachá .
Este fabuloso objecto que é para os mais novos um símbolo de moda, ou na perspectiva dos EUA um elemento de apoio e publicidade ao candidato politico, torna-se agora um objecto de critica ao governo.
Segundo os professores este crachá conterá palavras de ordem como “ sou professor, não voto PS “ ou “ sou professor e não apoio Sócrates”, visando assim motivar a restante população a não votar neste partido e apelar á empatia para com a classe educativa.
Obviamente que acho mais esta acção dos professores uma palhaçada pegada, no entanto, tenho de admitir que será bom que usem este distintivo pois há por ai muito encarregado de educação “mortinho” por conhecer aqueles que não se importam minimamente com a qualidade de ensino dos seus educandos e que falham redondamente na sua função como formadores.

Como encarregada de educação poderia sugerir a criação de crachá anti-professores, anti - precariedade no ensino, anti- burrice e iliteracia das futuras gerações, anti preguiça desta classe, mas creio que não será necessário ter esse trabalho. Através do uso destes emblemas de ignorância, os professores vão auto catalogar-se aos olhares do mundo e como a opinião publica já está cansada deste tipo de vitimização e desta demonstração de relutância face á mudança, o mais certo é que o crachá apele ao boicote as eleições mas o que se vai ler é “ sou preguiçoso e não quero saber da educação dos filhos dos outros”.

Por isso, por uma vez eu vou apoiar esta acção dos professores. Força, entidade formadora, usem os crachá...mas lembrem-se que a ultima vez que os emblemas foram utilizados em massa para designar um determinado grupo social , este acabou dizimado em campos de concentração Nazi.
Por isso fica no ar a pergunta, desejam ficar conotados a um grupo que(volto a repetir) não tem neste momento o mínimo de compaixão por parte da opinião pública?

O meu melhor amigo é....

As manchetes do dia anunciam mais agressões a professores. Não há duvida que a educação começa em casa, mas numa altura em que tudo é permitido ás crianças, verificam-se o aumento de situações como esta.
Generalizou-se a ideia de certos pedo psiquiatras de que bater, ralhar e castigar traumatizam a criança logo os pais ficam sem meios de incutir respeito e valores. Que eu saiba as actuais gerações não apresentam um elevado grau de traumas, apesar de terem tido uma educação designada como mais "distante".
Há que mudar novamente as teorias educacionais, mostrar as crianças o seu lugar e o qual o papel dos pais na sua vida, criar novamente a distancia respeitosa existente nas gerações passadas.
As mães tem de ter consciência que nunca serão as melhores amigas dos filhos e os pais nunca serão os " companheiros" ( expressão americana que parece estar a entrar em voga no vocabulário português).
Nas livrarias aumenta o número de livros de especialistas que pretende enriquecer ajudando os pais a educar os filhos, quando se torna tarde demais. Populam títulos, como “o pequeno ditador”, “como Dizer Não”,Ou “Amo-te , mas não te faço as vontades”,etc e eu questiono-me a que ponto chegámos nós, que necessitamos de livros de psicologia que nos ensinam a dizer Não a criaturinhas de meio metro ainda em formação.
A lei proíbe os pais de bater nos filhos como meio correctivo, mas continuam a existir as advertências, os castigos , os exemplos, entre outros meios de educação.

Educação, sim! Desculpabilização e lacunas de valores, não!

Por isso aqui fica um alerta aos pais. Parem de agir como crianças. Parem de fazer perguntas como -“ Queres Apanhar? ” - que são o cumulo do absurdo e tomem as rédeas da vossa família.
As crianças necessitam de limites, necessitam de regras, ordem e acima de tudo têm de perceber que quem manda são os pais . Só desta forma se prepara um ser humano para o futuro. Ao entregar de bandeja , ao seu filho, tudo o ele exige a criança nunca saberá o que é lutar por um objectivo e quando tiver de enfrentar o mundo real não terá a mínima formação ou os valores necessários á vida em sociedade.
Se quer realmente ser o “ melhor amigo” do seu filho então eduque-o.

A Invasão dos comentadores amadores

Nos últimos anos verificou-se uma rápida evolução desta prática amadora. Imbuídos do espírito pós - 25 de Abril de 1974 e motivados pela maximização de programas de debate interactivos , com acessos via e-mail, SMS e/ou linhas telefónicas disponíveis ao mais comum dos mortais, o povo português entrega-se agora de alma e coração ao seu passatempo favorito...O comentário.
Quantas vezes em plena acção de Zapping nos detemos num ou outro canal para observar apenas o apresentador e o convidado a olhar para o vazio, enquanto se ouve uma voz metalizada do participante que via telefónica exprime assim a sua opinião?
Por um lado é fantástico saber que existem pessoas que são eloquentes, informadas e cuja opinião válida dá prazer ouvir, comentar ou apenas anuir silenciosamente . Em contrapartida, existem aqueles comentários que realmente não interessam a ninguém ou que nem mesmo constituem uma opinião.
Muitas vezes a ânsia de fazer um breve comentário aniquila a lógica e tolda por completo o objecto em discussão. O tema em debate perde-se e o comentador amador entra em linha apenas para gritar impropérios ou criticar a opinião do anterior interveniente.
A ansiedade por exprimir seja o que for, a necessidade de atenção por parte de terceiros arruína assim a tentativa cavalheiresca dos canais televisivos divulgarem a opinião da massa que faz funcionar o pais. O abuso constante destes meios ( principalmente quando o tema é futebol) torna algo que podia ser benéfico para a evolução cultural de um povo numa típica “ lavagem de roupa suja” em horário nobre....ou cada vez menos nobre mediante as participações.
Não quero dizer com isto que deve acabar com esta prática, vivemos num mundo de liberdade de expressão e a era do lápis azul já nem sequer é do meu tempo de vida, no entanto se temos um povo onde não abunda o bom senso, então o melhor mesmo é fazer uma triagem daqueles que entram no ar. O que não convém é transformar um programa de debate num circo de vaidades e não só.

A perguiça, o consumismo e o custo extra...

Nos tempos que correm vivemos em plena “crisemania”, mesmo aqueles previligiados que ainda não a sentem na pele estão obcecados com o contexto económico mundial. São elaboradas pesquisas de mercado , listas detalhadas de compras . Seguem-se todos os conselhos de economistas ou outros personagens que ninguém sabe quem são mas que são convidados pelas Tv nacionais para dar conselhos aos seus telespectadores sobre as técnicas mais básicas de poupar dinheiro.
Incrível como vivemos numa sociedade de tal forma consumista que precisamos de um qualquer personagem com um curso superior em economia ou gestão para nos dizer como reger os nossos salários. O mais incoerente é aconselharem as pessoas a manterem intactas as suas poupanças quando ninguém as tem nos tempos que correm, pelo menos denominada classe média baixa, aquela que mais sofre com esta conjuntura e quem se dirigem maioritariamente os conselhos destes grandes especialistas.
Mas por muitos conselhos e avisos há pequenas coisas que continuam por verificar , muitas das quais não deve ser permitida a menção devido ás leis da concorrência, mas que qualquer ser humano em amena deambulação pelo mundo pode verificar.
Podemos poupar energia, com a rentabilização dos nossos electrodomésticos e recursos naturais como a água e o gás através de um pouco de cuidado e atenção na sua utilização, mas se rentabilizar-mos também o nosso tempo e vontade podemos poupar algumas centenas de Euros ao fim do ano.
Muitas pessoas vão actualmente ao supermercado e optam pelas marcas brancas de forma a poupar dinheiro, o que já é um passo em frente para a poupança mas se verificar-mos mais de perto vimos que o gato e o cão da família continuam a comer a sua ração de marca e preço exorbitante. O filho do dono recém nascido consome sucedâneos de leite marca da casa, mas o bichano continua a consumir marca, porque coitadinho dele só gosta desta, ás outras enjoa facilmente....mas isto dava tema para outra longa conversa.
O que realmente custa muito dinheiro ao português é a sua preguiça.
Já pararam para observar quantos produtos foram inventados para “ poupar tempo e dar qualidade de vida” a todos os que deles usufruem e que são completamente absurdos. Aos molhos típicos já pré-cozinhados já estávamos habituados e até tem os seus benefícios, mas alhos e cebolas picados e embalados, batatas / castanhas descascadas e cortadas , maçãs descaroçadas e fatiadas, hamburguers e cachorros já feitos e embalados prontos a consumir....coisas que se fazem em 10/15 minutos e não são de difícil confecção e que por pura preguiça nos levam das carteiras o triplo do valor que certamente daríamos pelo triplo da quantidade do mesmo produto na sua forma original.
Os defensores destes produtos dirão que são práticos e são a escolha de pessoas que não têm tempo para adquirir produtos frescos ou para cozinhar e chegam tarde a casa e que se queixam de falta de tempo com os seus filhos ou cônjuges, mas se todos os estudos indicam que a vida familiar se centra na cozinha e é onde a família passa mais tempo junta, então essa teoria não tem lógica.
Outro ponto a observar nestes produtos é a sua conservação provocada de forma artificial que em nada contribui para a qualidade dos mesmos. No fundo estamos a apostar naquilo que nos parece mais prático mas o valor que pagamos por essa facilidade é muito alto, estamos a abdicar do nosso bem estar, da nossa qualidade de vida, do tempo de qualidade que poderíamos estar a partilhar em família e muitas vezes esta preguiça torna-se ainda na assassina de tradições gastronómicas que cedem á pressão da globalização e industrialização.
Corre por ai um anúncio que diz “ pela sua saúde mexa-se” pois vamos utilizar esse mesmo mote neste caso...pelo seu bem estar abdique da perguiça...mexa-se...não só vai verificar alterações ao nível da sua saúde e bem estar social e familiar , como também verá uma diferença substancial na sua carteira.
E para quem interessar, a preguiça é um dos sete pecados mortais, por isso...

Lisboa, 3 de Março de 2009

Haverá pior sensação do que a de total abandono de esperança, do que a anulação sentimental que sofremos quando perdemos algo que almejámos com todas as nossas forças e pela qual lutámos?!
Acredito que não. O sentimento de que perdemos o chão, que flutuamos agora numa espécie de buraco negro de objectivos, onde todos os nossos sentidos apenas reflectem uma coisa - o Vazio – é avassalador.
Questionamos tudo. Questionamos a nossa própria personalidade, competência, conhecimentos, os nossos esforços , o nosso trabalho , as nossas qualidades e capacidades. Por muito pouco orgulhosa que a pessoa seja de si mesma, fica de rastos.
A raiva emerge sobretudo quando nos apercebemos que o nosso objectivo foi dado a uma criatura pouco merecedora, que o conquistou usando malícia, sedução, cunhas e explorando os interesses de terceiros.
Qual a melhora atitude a tomar? Os conselhos de quem nos é próximo dizem para ignorar, para superar e continuar com a nossa vida. Mas é tão difícil começar de novo, arranjar forças para continuar a lutar por algo que esteve tão perto e deixamos escapar por entre os dedos como grãos de areia.
A culpa pode até nem ser nossa, o nosso destino podia mesmo não estar traçado naquela direcção mas é impossível lidar positivamente com a impotência. A vida torna-se cinzenta, melancólica como uma manhã invernosa.
Uma coisa é certa, os conselhos que nos dão, são os correctos. Há que avançar, sair da beira do precipício e iniciar uma nova luta. Devemos fazer tudo ao nosso alcance para não perturbar a ordem natural das coisas e acima de tudo não nos tornarmos uns verdadeiros vampiros emocionais, tentando colmatar as nossas dúvidas existenciais com a drenagem de energias de quem nos rodeia.
Recomeçar... é sempre muito triste ter de repetir tudo, no entanto, agora já aprendemos algo novo e que poderá tornar-se numa arma para o sucesso, caso a usemos. Aprendemos ainda , ou re-aprendemos, que temos de ser mais agressivos. Eventualmente o animal ( a famosa cabra na versão feminina) que temos dentro de nós foi acordado e não há volta a dar quanto a isso.

A Ordem dos professores

Finalmente alguém pensou e apresentou uma ideia viável para a questão da educação , uma ordem de professores.
Há semelhança de outras ordens já existentes, esta visa regular o código de ética da classe educadora bem como proteger os direitos e deveres da mesma.
Talvez assim os pais consigam confiar um pouco mais na qualidade e tipo de educação que está ao dispor dos seus filhos. Porque parece que os professores que se dedicam a “baldar-se” as suas obrigações e a fazer birras contra a avaliação não são pais e não conhecem as dificuldades de ter que fornecer estabilidade e formação a uma criança. Desconhecem ainda que a maioria dos pais não tem liberdade laboral para ficar em casa a cuidar dos seus descentes cada vez que os professores se lembram que não gostam de ser avaliados.
Os professores ficam também de alguma forma protegidos de eventuais abusos por parte do ME ou qualquer outra entidade. Ficam legalizados e longe do domínio de sindicatos que em nada contribuem para a evolução da classe. Como é possível que existam 4 sindicatos cada um a lutar para o seu lado e contradizendo-se entre si na luta pelos direitos?
Acima de tudo o que se pretende é estabilidade.
Mas também aqui haverá recusas, reticencias e vozes da oposição. É do conhecimento geral que para se ser advogado basta tirar o curso, mas para se exercer advocacia tem de se passar no exame da Ordem dos advogados ou nada feito. Este exame bem assim impor a qualidade e isenção que se pretende nesta classe...mas mais uma vez vamos bater na mesma tecla, os professores não querem, recusam-se a ser avaliados.
Será que também a ordem dos professores vai ser colocada de parte? Será que existe algum plano supremo que pretende manter na ignorância as gerações futuras? E quando é que os pais deste país vão tomar uma atitude um pouco mais notória do que escrever cartas ao Presidente da república?
Vivemos num pais de carneiros, de meros seguidores mas se quisermos um futuro melhor para os nossos descendentes, temos de combater essa tendência para o servilismo e acomodação e lutar pelo menos por uma educação sólida e eficiente.