As minhas lágrimas chegaram ao Tejo.
Aquelas que toldaram a minha visão durante todo o caminho até aqui e que me parecem eternas apesar da viajem ter durado os mesmos 30 minutos de sempre.
As más noticias sabem-se sempre diz o povo e com toda a razão, mas muitas vezes antes delas chegarem já o subconsciente as conhece. Então porque custa tanto á alma receber uma noticia que já se sabia inevitável?!
As minhas lágrimas chegaram ao Tejo e misturaram-se com o seu sal.
Quando chegar á margem Sul terei de ser forte, coerente e fria o suficiente para enfrentar a realidade.
Tejo dá-me serenidade.
Um ano depois deste texto ter sido escrito, ainda não aceitei a cruel realidade. A mortalidade do ser humano não me assusta mas é difícil de enfrentar quando ocorre tão próxima.
Até um dia. Adoro-te.