sexta-feira, 3 de outubro de 2008

São todos Inocentes até prova em contrário...ou não!

Há alguns dias atrás os jornais revelaram a entidade de um gang brasileiro que operava em Portugal, de imediato se faz ouvir a indignação do embaixador brasileiro para quem esta noticia é rácica e difamadora.
A quem pretende este senhor atirar areia para os olhos? Quem pretende ele enganar ao solicitar que não sejam divulgadas as nacionalidades dos criminosos? Que tem ele a esconder?
Teme este personagem que se tome a parte pelo todo, que se veja na atitude deste gang a atitude e a forma de estar de todos os imigrantes brasileiros. O que este embaixador pode ainda não ter percebido é que nesta altura do campeonato todos os portugueses já formaram a sua opinião sobre a comunidade Brasileira e não se deixam influenciar pela comunicação social.
Apesar de o português ser um povo acolhedor é também um povo muito desconfiado. Desconfiou da imigração dos povos de Leste e da comunidade chinesa mas estas nunca deram motivos para criticas ou desconfianças e o português começou a adaptar-se e a aceitar estes novos vizinhos. O mesmo não se passou com a comunidade brasileira que não se adaptou á estrutura existente.
O português que recebeu de braços abertos este “povo irmão” que nem terá a barreira da língua a dividi-los, que abraçou o povo das novelas recebeu em troca apenas desprezo. Um povo que imigra não pode tentar anular ou fazer sobrepor a sua cultura á cultura do povo que o recebe. Deve adaptar-se suavemente, integrar-se e não tentar replicar o seu pais de origem, pois foram certamente esses actos que tentam copiar que tornaram o pais de origem num sitio do qual fugiram por falta de condições.
Não é uma questão de ser racista ou não, é uma questão de consciência da realidade que nos rodeia. Basta andar de transportes públicos e ouvir os comentários que são feitos pela maioria da população. A opinião já está formada e enraizada no intimo de cada um.
Respondendo ás criticas do embaixador, um canal de TV nacional visitou outras comunidades imigrantes questionando se também achavam a noticia rácica ao que a resposta foi unânime. As comunidades sabem que não se deve tomar a parte pelo todo, admitem que existem pessoas boas e más mas não condenam esta atitude da comunicação social. Quem não deve não teme e estas comunidades sabem que o índice de criminalidade prepretado pelos seus conterrâneos é mínima.
Numa outra perspectiva ainda podemos questionar o embaixador brasileiro se se deve tratar os imigrantes de forma diferente da dos portugueses? Se se revela a nacionalidade e até a identidade de criminosos portugueses, porque não revelar de todos? Fazer distinção isso sim seria uma atitude xenófoba.
Enquanto escrevia este texto uma nova polémica estalou, Paulo Portas apresentou na Assembleia uma proposta de expulsão de imigrantes que sejam julgados e condenados por algum crime.
Este deputado apresentou números chocantes. A percentagem de condenados estrangeiros a serem sustentados nas prisões e que mais tarde recebem subsidio de re-incersão social aumentou de 10% para 20% nos últimos anos. Ora faz todo o sentido que em vez de se desperdiçar dinheiro ( que em tempos de crise é precioso) se expulse para a sua terra natal os criminosos.
Não é uma questão de racismo mas sim de sobrevivência, é uma questão de politica interna de protecção dos interesses dos portugueses e é este o objectivo dos nossos representantes.
As politicas podem nem sempre ser lineares ou coerentes aos olhos do povo. Pode haver discursos de rua que dizem que são todos iguais e só querem dinheiro no bolso deles, etc...mas a realidade é que quando uma decisão é polémica, vai em frente e é instaurada todos mudam de ideias e apoiam a mesma, mais não seja a longo prazo quando começam a ver os resultados.

Mais uma vez friso, esta não é uma questão rácica é uma questão de sobrevivência, de defesa de um pais.Por alguma razão outra noticia do dia ( agência Lusa) revela que os portugueses manifestam falta de confiança na segurança do país, e que este sentimento duplicou nos últimos seis meses.
Mais argumentos para quê?!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

O programa da Lucy


Mais uma vez se demonstra a falta de qualidade dos programas da TV nacional. Mais uma vez aparece na nossa grelha de programação um programa dito infantil do mais impróprio e estupidificante possivel.


Chamem-me retrógrada mas para mim programação infantil deve ter desenhos animados, curiosidades e passatempos adequados á idade das crianças que nele participam e que a ele assistem. Também convinha ter uma apresentadora vestida de forma adequada e com uma boa dicção.
Se recuarmos alguns anos, lembramo-nos concerteza do programa Buérere( programa esse que o actual também tenta imitar ) também nessa altura se criticava a indumentária da apresentadora, mas não se pode negar que o programa era vocacionado para as crianaças. Tinha bonecos animados em regime de co-apresentação, passatempos adequados, musicas chamativas e também estas adequadas e acima de tudo educativas para os mais novos ( quem não se lembra da música do AEIOU).
Há que dar emprego aos nossos artistas, mas também há que ter noção daqueles que tem ou não talento e tem ou não vocação para apresentar um programa infantil. A coordenação de programas deveria ainda advertir para o tipo de questões que são colocadas ás crianças nos passatempos, nivelar as mesmas a nivel de idades e conhecimentos adquiridos , bem como se perceberam as mesmas ( dado que o vocabulário e dicção da apresentadora nem merece comentários).
As piadas politicas encarnadas por criancinhas vestidas de Einstein e com nomes como Sócrates ou Carrilho também são desnecessárias, 1º porque as crianças não percebem as mesmas, 2ª porque os pais não vêm este tipo de programação e mesmo que vissem, qualquer pai com “dois palmos de testa” já teria certamente mudado o canal nesta altura.


Finalmente quanto á indumentária da apresentadora.... O melhor é ilustrar:
Pergunta de um Pai ao filho de ¾ anos, num café : Então gostas do programa da Lucy?
Resposta: o que eu gostava era que ela tira-se o soutien para lhe ver as maminhas.
Palavras para quê? Por alguma razão quem quer apresentar programas infantis tem de ter ou parecer ter uma imagem imaculada.

A estupidificação

Com a chegada de Setembro e do Outono chega também o regresso ás aulas. Ansiosas ( ou não) as crianças e adolescentes voltam á escola, contam as proezas das férias e renovam conhecimentos e amizades.
É o regresso á educação ou será á estupidificação?
Na televisão passam anúncios destinados aos jovens no seu regresso ás aulas que são absurdamente estúpidos. Todos sabemos que a publicidade visa chamar á atenção do seu público alvo, mas neste caso estão a falhar redondamente. Os protagonistas destes anúncios não correspondem á nossa realidade social. São criaturas que caíram ali de pára quedas, com roupas e penteados que apenas a minoria usa, com linguagem que tenta assemelhar-se a uma linguagem jovem, mas que é totalmente inadequada.
Das duas, uma ou os anúncios visam apenas essa minoria de crianças designadas pelos restantes como “betinhas” e que vivem confortavelmente em casa dos papás e não precisam de mover uma palha para obterem tudo o que querem, como por exemplo os PC portáteis do programa e.escola ( espero que não seja esta a opção pois é claramente uma demonstração de discriminação) ou devem realmente contratar outra empresa de publicidade porque esta falhou.
Existe ainda uma terceira opção....o publicista também trabalha para a TVI e decidiu colocar os “Morangos com açúcar” no anuncio, o que também não é uma boa opção visto estes já não atingirem os objectivos das primeiras séries. Pelo contrário, a cada série que passa os hobbies, escolas, roupas e personagens se afastam mais da realidade do nosso pais...só a história não muda, mas parece que ainda ninguém percebeu essa parte.
Este é o momento ideal para uma tomada de atitude por parte dos pais. Esquecer essas novas teorias de que ralhar, dar umas palmadas ou contrariar as crianças é traumatizante. Olhem para vocês mesmos...Estão traumatizados? Não?! Mas levaram uma ou outra vez uma palmada ou um ralhete, certo? Pois... I rest my case.
Não queremos, ou pelo menos eu não quero viver numa sociedade rodeada de crianças pedantes, que mandam nos pais e fazem tudo o que querem sem olhar a meios. Não quero viver numa sociedade de cabeças ocas, que não pensam por si e imitam ídolos faciosos. E muito menos quero viver numa civilização onde as crianças já nem sabem escrever á mão porque todos tem PC portáteis e levam os mesmos para as escolas para tirar apontamentos.
Chega o momento de se colocar um travão,não á evolução ou ao contacto das crianças com a inovação mas sim ao tipo de educação que damos e ao tipo de pessoas que queremos criar. Não vamos criar uma geração desprovida de valores e inspirada apenas em ídolos fictícios que não existem senão na imaginação de argumentistas de TV que certamente nem filhos têm.


Vamos investir na Educação e não na Estupidificação da futura geração.

As opiniões são como as......


Está escrito na constituição que todos temos o direito de nos expressar livremente, mas há pessoas que mais valia estarem caladas.
Já reparam que quando nos cruzamos com conhecidos dos nossos pais a conversa é sempre a mesma?? Estás mais magra! Estás mais gorda! Esse corte de cabelo fica-te mal! Que fizeste á postura que tinhas, etc, etc,etc...
AAHH!! Só dá vontade de gritar com estes indivíduos. Será que não percebem que há coisas que não se dizem? Principalmente se o dizem ao género feminino.
A mulher tem pleno conhecimento do seu corpo, se engordou ou emagreceu e não precisa que o apontem até porque raramente este tipo de comentário é interpretado positivamente. Porque não ficam calados ou falam do tempo ou mandam beijinhos para os papás, porque tem de opinar? Para além de que os próprios também não estão no seu melhor, mas a nossa educação não nos permite dizer “Ena pá ‘tás velho , que tal um cremezinho de retinol ou mesmo um botox, não”.
Será que com a idade adquirimos o direito de fazer comentários parvos e não receber respostas idiotas de troco, ou será que o envelhecimento começa por nos afectar o bom senso e o discernimento entre correcto e incorrecto ou conveniente e inconveniente?
Seja como for, aqui fica um apelo, não façam comentários parvos na cara das pessoas guardem-nos bem guardados na vossa mente. Por haver tanta gente por ai a falar sem peso e medida é que temos grandes problemas sociais e por isso temos tanto adolescente e pré adolescente em estados depressivos e a enveredar por caminhos de droga e distúrbios alimentares tentando obedecer a padrões esteriótipados criados por uma sociedade que deveria ver-se mais vezes ao espelho.