terça-feira, 16 de setembro de 2008

“ A verdade a troco de dinheiro é prostituição”

Hoje ( 16.09.2008) o editorial de um jornal gratuito surpreendeu-me pela positiva. É certo que já tinha lido vários editoriais da mesma autoria, mas este está excelente.
Finalmente alguém chama as coisas pelo nome. É vergonhoso a forma como programas como o novo “ momento da verdade” vende e quem neles participa se vende aos média.
Todos desejam os tão falados 15 minutos de fama, mas é ridículo tudo o que se faz nesse sentido. Mais ridículo ainda é as televisões passarem esse tipo de programação e o facto das audiências serem estrondosas.
Será que o povo português é assim tão básico que perde o seu precioso tempo a dar atenção a estas demonstrações tão bem denominadas de hipócritas pelo editorial supracitado? Qual será o prazer que advém de assistir a uma humilhação pública de um total desconhecido?
Tenho plena consciência de que somos e continuaremos a ser o “povinho” que pára o transito para assistir a acidentes mínimos e escrutinar a desgraça de outrem, mas tudo tem limites. Ou não?!
Torna-se para mim extremamente difícil ver , inclusive, os telejornais nacionais porque passam horas a falar dos primeiros dias de aulas da Esmeralda, da bota de ouro do Ronaldo, ou da indemnização do Pinto da Costa e no final passam a correr noticias que são verdadeiramente interessantes e de alguma importância.
Continuo a questionar-me porque somos um povo tão básico. Será falta de estimulo para as coisas verdadeiramente interessantes? Será o desinteresse típico, o famoso “deixa andar”? Ou a preocupação do nosso Presidente da República e a definição de uma “ nova meta para o futuro” vai ser bem mais difícil de atingir do que se pensa inicialmente pois continuamos a ter um povo maioritariamente analfabeto e/ou iletrado que se deixa cativar apenas por este tipo de “circo de vaidades”?

Uma "meta para o futuro”




"É preciso mobilizar todos, unir todos em torno de uma grande ambição, de uma meta para o futuro(...)”. Foi o caos, o drama, um escândalo o momento em que o Presidente da República - Aníbal Cavaco Silva - defendeu o alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12º ano, considerando-o como "fundamental para o desenvolvimento e progresso" do país.

Para além de todas a benesses educacionais esta medida servirá de preparação para um mundo cada vez mais globalizado e para uma maior integração na União Europeia. Foram ainda evidenciados estudos que revelam que os salários dos trabalhadores que concluíram o ensino secundário são "significativamente mais elevados" dos daqueles que apenas completaram o ensino básico.

Afinal qual é o problema? Qual a causa de tanta indignação por parte do povo? Porquê tanto drama? Será que o conhecimento é considerado uma doença?

Todos os dias se ouvem reclamações porque “isto está mau”, o ordenado mínimo nacional é uma miséria, o desemprego aumenta e ninguém faz nada. Mas para que algo evolua e para que as medidas implementadas pelos estados funcionem há que haver reciprocidade. Não nego que o estado das coisas estejam péssimos, mas também não posso ignorar que já foram tomadas medidas e que as pessoas não estão ou não querem estar informadas sobre as mesmas.

Será que é do conhecimento comum que pessoas cuja escolaridade obrigatória não foi concluída e que se encontram no desemprego podem usufruir de cursos que lhes dão equivalências ao 9º ano e tornam funcionários qualificados? Que estes indivíduos recebem subsídios de alimentação, transporte e o subsidio de desemprego?

Quantos não dariam para que isto lhes acontece-se ? Ser pago para estudar, para ter a oportunidade de se cultivar, evoluir, qualificar e ter a hipótese de almejar uma melhor posição no seu local de trabalho, uma vida mais confortável. E saber que estas oportunidades são recusadas por preguiça, desleixo ou comodismo.

Temos por outro lado as criticas á educação, aos professores e ás reformas, mas estes são as mais importantes de todas as alterações. Como ensinar algo actual se o manual estiver desactualizado? Como educar se os próprios professores não tem bases, paciência, vocação e não renovam os seus conhecimentos? Porquê birras, manifestações e ameaças por parte dos professores? Não seria do seu interesse serem avaliados, serem reconhecidos pelos seus conhecimentos e capacidades educativas? Não será benéfico que os seus erros sejam apontados para serem corrigidos e desta forma atingirem melhores e maiores resultados? Ou a Classe dos professores acha que é infalível e superior aos restantes e não admite apontamentos e correcções?

Sinceramente se queremos evoluir, ter bons resultados, bons alunos temos de ter excelentes docentes, manuais actualizados e acima de tudo vontade de partilhar o conhecimento adquirido.

As crianças devem ser motivadas para a aprendizagem e não confrontadas com docentes de ar aborrecido, debitando monocórdicamente matéria.

A educação está acima de tudo, todos concordam neste ponto e existe um preço a pagar, mas esta factura deve ser considerada um investimento e nunca uma futilidade.

A palhaçada continua

Grande Noticia do dia, num dos jornais diários nacionais: A Esmeralda foi eleita delegada de turma.
“A menina que começou este ano a sua escolaridade já é o centro das atenções dos colegas, todos gostam dela e ela está muito contente. O único receio dos pais reflecte-se em possíveis comentários dos alunos que podem “mandar bocas” que ainda que inocentes poderão afectar o seu bem estar psicológico da menina”.
Oh poupem-me a dramas. Continuam a dar atenção a esta tristeza de história que já devia estar mais que encerrada. O que pretendem desta vez? Que o livro do sargento seja eleito manual escolar??
Todas as crianças em algum ponto da sua vida começam a frequentar a escola, todas podem ou não fazer sucesso entre os colegas e ser ou não eleitas delegadas de turma ( o que é irracional na 1ª classe, mas enfim) e todas passam por brincadeiras e “bocas” por parte dos colegas, logo qual é o problema extra desta criança que as outras não tenham?
Resposta: Uns pais que abusam da filha. Não são os colegas que vão afectar psicologicamente a criança, são as atitudes dos pais que desde o inicio da história desejam protagonismo e não exitam em sacrificar a filha aos média para obterem o que desejam. Como é que é possível que hipocritamente dizem lutar pelo bem estar da filha e depois expõe até o 1º dia de aulas?
O como é que ainda se vendem jornais com estas histórias? É uma ofensa matar um árvore, gastar rios de tinta e papel nesta história miserável.
Será que não ouviram falar de outras situações realmente importantes como a falência do 4º maior banco de investimentos dos EUA, naquela que é a maior crise económica desde 1929 e que realmente valem uma folha de papel de jornal.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A louca maratona de Setembro


Setembro, mês de regresso do Outono, do regresso de férias e do tão temido regresso ás aulas.
É a época de pânico para os pais, de excitação para os jovens alunos de tédio para os adolescentes e o paraíso para os comerciantes. Nesta época o que não falta são caixas de correio atoladas de folhetos publicitários o que contribui ainda mais para a disseminação da loucura.

Ainda agora se deu o regresso de férias e já se sente o stresse no ar, os ares de preocupação dos pais face aos preços dos materiais e os das crianças ao verificarem que o caderno A4 do Noody está esgotado.

Mas o pior é a corrida aos supermercados, as horas gastas nos corredores do material escolar seja a que hora for. Os pais fora de si, crianças a berrar e chorar pelos materiais adorados e cujos preços foram hiper-inflacionados por um simples desenho na capa, as mentiras do tipo “ o meu pai disse que era para comprar este que é melhor” ou “a professora quer desta marca”. Mas uma vez vimos como o mundo do consumismo afecta cada vez mais cedo as crianças e como este consumismo e globalização de personagens as educa rapidamente de forma negativa.

Sim também o material escolar educa negativamente as crianças. Como já se viu o simples desejo de um objecto faz com que tenham atitudes mal educadas e animalescas por vezes. As crianças gritam, esperneiam, mentem para obter o objecto do seu desejo.

Por outro lado temos os desenhos e as marcas. Para os adolescentes tudo o que importa é a marca da mochila, porque o caderno será preto para dobrar e colocar bem no fundo da mesma, por baixo de todo o material que realmente interessa para as aulas, como o i-pod, o telemóvel e quem sabe um livro de BD.

Para os mais novos são os ícones da TV que contam e dependendo da faixa etária temos os apaixonados pelo Noody e os aficionados pelos personagens da Marvel ou pela Luta livre. E aqui se prende uma das minhas questões. Será que ao comprar-mos para os nossos filhos todo o tipo de material ( não só escolar) destas figuras violentas, feias e desprovidas de conteúdo os estamos a incentivar ainda mais a ser como elas.

Já não basta a violência na TV, nos jogos de PS ou computador e o volume desmesurado de horas que as crianças passam a ser bombardeadas com violência e ainda tem de a ter latente no seu material escolar. Não provocará este material distracção nas aulas e não incentivará á imitação da violência durante os intervalos??

E por outro lado, pela falta de material com imagem de marca estaremos a vetar as nossas crianças ao ostracismo da restante sociedade infantil?! Para muitos pais este é o maior medo, pois também eles em algum momento da vida se sentiram postos de parte pois não teriam o caderno, o estojo ou a mochila de marca XPTO. Tudo que querem é que a sua cria não fique traumatizada, mas será que já pensaram que tipo de monstrinho fútil estão a criar??.

O que eu vejo nos corredores de supermercado são pequenos ditadores, que não sabem nem querem saber se os pais podem comprar tudo aquilo. Querem porque querem e mais nada e, aí de quem lhes diga não, porque vão berrar, espernear e morder até o conseguirem. E já aqui começamos a observar o tipo de educação e influências que as nossas crianças vão ter.

Já aqui as estamos a educar nos meandros da futilidade, das ameaças, da chantagem emocional, na pseudo superioridade social só porque tem algo que outros podem não ter. A escola tal como a educação das nossa crias não é uma brincadeira como muitos imaginam. A educação moral, social, cívica e intelectual está acima de tudo e se eventualmente os nossos rebentos se comportam desta forma é porque já falhámos nalgum ponto e se não tomar-mos as rédeas em breve já não haverá volta a dar.

Obviamente que não vamos ser miseráveis e negar tudo aos jovens estudantes, porque de alguma forma também o material os motiva, mas como em tudo temos de analisar com peso e medida aquilo que realmente é importante.

Não vamos desde a 1ª classe transformar os nossos filhos em pestinhas consumistas e sem noção da realidade.
Vamos abrir-lhes as portas para um mundo novo e não convêm que vão de olhos fechados.

Amanhã é o 1º dia de aulas, o 1º dia de vida no mundo real e não há volta a dar nem para onde fugir.

Cinco Medalhas e uma Bota de Ouro




Já se falou daquela que foi a noticia de abertura dos telejornais no passado fim de semana (13.09/14.09). Também muito já se falou da vitória de Nelson Évora, das declarações polémicas de Vanessa Fernandes e da caminha de Marco Fortes.


Então e já ouviram falar dos Jogos Paralimpicos 2008? E dos 35 atletas que compõem a representação portuguesa em Pequim? E das cinco Medalhas ( 1 de Ouro; 3 Prata; 1 Bronze) conquistadas até ao momento ( 15.09.2008 ás 14.45h Hora de Portugal continental)?
Realmente pouco se houve falar. Os portugueses ainda muito se envergonham de só conquistarem medalhas e méritos em larga escala através dos seus deficientes motores e mentais. Os mesmos que continuam a não ter grandes apoios de estado e dos comuns mortais. Aqueles que ainda são escondidos da sociedade, que tem dificuldades em andar nas ruas, fazer compras ou mesmo arranjar empregos, situações tão banais para o comum dos mortais.
Estes sim merecem que se abra os telejornais com uma noticia sobre eles, pois para além das adversidades quotidianas, superaram a indiferença e desdém das pessoas ditas “normais” e para além das vitórias diárias trabalham, lutam, definem objectivos desportivos e conquistam-nos.
São indivíduos que fazem face ao mundo e vencem ,sem mais tarde se andarem a pavonear pelas revistas e em spots publicitários. Não esfregam na cara de seus pares as suas conquistas, mas sim ajudam-nos a motivarem-se para conquistarem as suas próprias metas. Não gastam prémios em roupas e brinquedos de marca , pois para eles cada migalha é uma bênção e a vida continua a ser mais uma prova a superar....não para vencer mais uma medalha mas sim para sobreviver ao mundo real e ter o direito a viver uma vida com dignidade.
Aquilo que para certos meninos mimados é um bem dado como adquirido e infinito, para outros é uma luta constante contra a opressão de uma sociedade sempre em busca do desenvolvimento mas muito “ esquecida” face a certas necessidades básicas duma ínfima mas importante fracção de habitantes.
Aqui fica então o meu voto de sucesso, em todos os níveis a que se proponham , para estes membros da nossa sociedade.

Incoerências dos EUA


Ano de 2008. Sétimo aniversário do 11 de Setembro. Mais um ano físico se passou e com ele mais um ano de aprendizagem, evolução e conquistas da civilização. Mas há algo que será sempre uma constante, algo com que poderemos sempre contar... O cinismo americano, o antagonismo de valores, as incoerências das suas acções.
Desde sempre convivemos com os EUA, sempre foram um dos personagens principais história mundial, uma personagem aliás omnipresente que se auto intitulou a “policia do mundo” e tem como missão na Terra salvar o mundo de todos o vilões que possam aparecer.
Mas quem define o que está certo ou errado? Os próprios EUA? Com que bases?! Com que direitos?! Com que coerência?!
Como pode uma nação com meia dúzia de anos, apelar a valores mundiais, intervir em crises religiosas, definir fronteiras ou mesmo liderar a distribuição de bens essenciais pelos países ditos de 3º mundo.
Uma nação criada por párias, fugitivos e “pecadores” fugidos da velha Inglaterra pretende ser um exemplo de dignidade, pureza e integridade, mas por muito que se tente disfarçar o passado com grandes feitos e conquistas, este vem sempre á tona e com ele traz tudo aquilo de que nos envergonhámos e sempre lutámos para esconder da remanescente sociedade.
Um pais que foi construído e desbravado por prostitutas, ladrões, fugitivos religiosos e filhos ilegítimos de grandes senhores da sociedade inglesa, tornou-se o supra sumo da evolução tecnológica, da liberdade de expressão, da liberdade ideológica, religiosa e cultural e da tolerância . Nasceu a terra da oportunidade. O american away of life.
Mas qual foi o preço a pagar. Já terá sido totalmente liquidado? E será que é ou alguma vez foi mesmo assim?? Parece-me que não.
A liberdade de expressão foi de tal forma afogada pelo sensacionalismo que até mesmo os “directos” e os “comentários” dos telejornais são previamente elaborados por acessores de imprensa, exímios especialistas na manipulação de massas.
Quanto ás liberdades conotadas com diferença de géneros ou etnias essas são toleradas dentro dos bairros dessas mesmas raças. Estranho... noutra fase da história e do outro lado do Atlântico chamaram a isto guetos que mais tarde evoluíram para campos de concentração e mais tarde deu naquilo que se sabe.
O mais estranho é que também na história americana ( na mesma linha temporal) existiram campos de concentração. Estes supostamente eram dedicados aos descendentes de nipónicos que “poderiam ser perseguidos no seu próprio pais ( EUA) devido á intervenção na 2ª Grande Guerra” e para sua “protecção” foram viver para campos no meio do deserto, em barracões partilhados por ¾ famílias, sem liberdade para sair sem vigilância e tendo sido obrigados a trabalhar em campos e minas, tendo sido obrigados a abandonar (a favor do estado) tudo o que haviam conquistado durante gerações de esforço e luta pelo sonho americano.
Tão grande é a liberdade e a abertura de espírito dos norte-americanos que ainda hoje não houve qualquer presidente que não fosse de raça branca e do género masculino.
São um povo fantástico na medida em que não vêm para além do seu umbigo, são absoluta e totalmente influênciaveis pelos média, tem um elevado nível de analfabetismo e iliteracia. Como se explica que uma apresentadora de TV – Oprah – tenha mais influência do que os próprios políticos. Se Oprah diz salta, o americano salta, se diz para ler o livro X ou ver o filme Y o americano vê, se o americano está gordo e ela manda fazer dieta este pergunta quantos quilos deve perder.
Será que o Bush vê a Oprah? Não seria nada má ideia, talvez aprende-se qualquer coisa, como por exemplo começar a perceber o que está de errado e onde e começar a “curar” os EUA de dentro para fora e não tentar corrigir o mundo de forma a este se moldar ás incoerências norte americanas. Para o Bush talvez seja demasiado tarde, mas para os próximos quem sabe.
Será que os próprios americanos ainda não se aperceberam da sua própria degradação. Será que a divisão em estados os torna ainda mais fechados em relação ao restante mundo? Será que para eles acontecimentos internacionais são os externos ao seu estado? Será que são tão burros e desinteressados como por vezes se vê em entrevistas de rua ( em programas de TV norte americanos)?
A terra da oportunidade reflecte-se onde? Só se for na comunidade judaica que hoje constitui um poderoso lobbie. Porque para todos os que vivem em roulottes – o chamado white trash – ou para aqueles que se vem confinados a guetos, onde apenas convivem com a sua raça e arranjam conflitos e gangs que atacam os bairros vizinhos, ou para aqueles que são olhados de lado pela sua roupa tradicional ( ex: muçulmanos; africanos) ou mesmo para a nova classe social que prospera – os obesos – os EUA são a terra da falta de oportunidade, de desigualdade, de falta apoios e de compreensão.
Quando alguém parte para os EUA a pensar conquistar o sonho americano, pois adora o que vê no cinema e nas séries de TV tem de compreender 1º que aquilo que vê está manipulado e se observar-mos mais atentamente verificamos que muitos dos ídolos que admiramos no ecrã se recusam a viver em Hollywood ou mesmo nos EUA .
Se formos ainda mais longe, podemos-nos questionar quanto aos próprios ídolos e porque os consideramos assim. Pelo que lemos em revistas?? Mas se estas revistas também não são correctas, e a maioria das histórias são inventadas e manipuladas para agradar as massas.
Poderíamos ficar horas a analisar os EUA porque a conclusão seria sempre a mesma: Os EUA não são uma terra de oportunidade, são a terra da ilusão. Não são o lar dos bravos e a terra dos livres, são o lar dos incoerentes , mal informados e manipulados pelos média e propaganda politica e a terra dos livres desde que dentro do seu gueto e enquanto não houver por ai uma campanha publicitária ( ou um caso tipo Maddie) contra essa raça,ideologia ou religião.

A Sara Palin quer assassinar os dinossauros?!




Foi desta! Os americanos bateram no fundo do poço. Enlouqueceram de vez . E a imagem de marca dessa falta de lucidez é a candidata á vice presidência - Sara Palin.
Os elogios não se fizeram esperar. Esta mulher seria a bóia salva vidas do candidato Mcain, a arma secreta contra a mediatização de Obama. Ela é a hipitome da perfeição, boa filha, excelente mãe de cinco filhos, grande patriota, defensora ferrenha da moral e dos bons costumes, uma cristão de corpo e alma.
As reportagens proliferaram. Os anúncios de TV. Já existe a ser comercializada na Internet a boneca Sara vestida de super heroína e de menina colegial. Ela é perfeita, fantástica, ela vai salvar o mundo e.....
Calma! Nem tudo pode ser tão perfeito assim, analisando as ideologias e crenças religiosas desta senhora descobrimos que o plano secreto de Sara Palin é assassinar os dinossauros?!
É verdade, esta super mulher pretende implementar nas escolas a teoria do criacionismo ( Criação do mundo segundo a Bíblia) em detrimento da teoria da evolução ( dinossauros, homens primitivos, enfim evolução).
Mas o que é isto??? Voltámos á idade média? Quem não concordar com a Sra Palin vai arder na fogueira? Será que alguém lhe disse que vivemos em pleno secúlo XXI, que os estados são laicos e as convicções particulares das senhora podem ser muito bonitas mas não se faz politica com citações bíblicas.
Aliás os EUA que são contra extremismos religiosos que lutam contra o terrorismo e perseguem Bin Laden, que tudo o que faz é intrepertar o livro santo da sua religião – o Alcorão - guiar-se por ele e levá-lo a extremos, vão dar o seu apoio a esta candidata?
Será que ainda não entenderam que o fanatismo religioso desta será bem mais prejudicial que as politicas de conquista e agressão de Condalesa Rice?
Quem põe um travão a esta insanidade norte americana? Quem será o verdadeiro super herói americano que vai olhar para o interior do seu país e começar ai a reconstrução de uma nação que perdeu os seus valores e está destruída pela crise económica, pelos fanatismos raciais e agora pelos desastres naturais.
Será Obama, ou este também não será aceite?! Afinal para os brancos Obama é preto, para os pretos é mestiço ( logo é mais branco que preto) e para os cristãos Obama é Barack ( nome infeliz para um candidato)....Olhando para lá do óbvio, será Obama a mistura perfeita??? Pelo menos ainda não ameaçou nenhuma espécie de vida terráquea extinta ou em vias de extinção.

Ode a uma Bota de Ouro

Noticia de abertura de todos os telejornais deste fim de semana: A bota de Ouro foi entregue a Cristiano Ronaldo.
Que se há-de fazer ou dizer?! Nada. Um pais que considera um circo montado na “bimbolandia” para dar mais uma prenda a um menino mimado mais importante do que os acontecimentos mundiais, não é digno de qualquer comentário.
Já o disse mas repito, não são criaturas destas que vão trazer algo de positivo ao mundo. Até o poderiam fazer, se eventualmente usassem os seus talentos para fins de caridade, dessem uma ínfima parte daquilo que recebem todos os meses a instituições que alimentam crianças e idosos desfavorecidos... na mais remota das hipóteses porque não doar a Bota de Ouro ou outros prémios em prol das vitimas de um qualquer desastre natural. Afinal se o que conta é ter o titulo, não precisam de ter o símbolo. Certo.
Os portugueses queixam-se do estado da nação e dos problemas económicos mas alinham neste tipo de palhaçada sem qualquer critica....será que não percebem que tudo não passa de puro exibicionismo e egocentrismo? Seria de esperar que alguém que veio do nada se lembra-se do que isso é, ou não?

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A colheita do nabo

A colheita do nabo geralmente faz-se nos primeiros dia de chuva e em plena via pública. Eis que caiem as primeiras e tão desejadas gotas do bem precioso que alimenta a terra e dá nova vida á flora terrestre e nesse preciso momento despontam os já referidos tubérculos.
Um dos passatempos favoritos dos nabos é conduzir e a melhor altura para praticar este hobbie é quando chove. O problema é que para os restantes habitantes deste planeta este hobbie transforma-se numa luta pela sobrevivência.
Não é possível para os comuns mortais andar pelas ruas sem correrem perigo de vida. Se forem pedestres o melhor é terem todos os sentidos bem alerta pois as passadeiras, paragens de autocarro ou mesmo passeios já não são lugares seguros.
E para aqueles que conduzem , não por desporto/hobbie mas por necessidade ou por ser essa a sua profissão então a saida do nabo á rua é pura tortura. O transito fica ainda mais caótico , o denominado para/arranca fica ainda mais lento, as batidas por falta de atenção quadruplicam, as entradas e saídas de rotundas são um absoluto circo e as buzinadelas tornam-se a música de fundo.
Para o típico nabo nada disto é fora do normal. Não consegue perceber o porque de tanta buzinadela, gritos e gestos ofensivos, até porque foram simpáticos e pararam no meio da rotunda para dar prioridade a quem entra ( não é isso que diz o código???); não percebem porque os restantes condutores ficam tão stressados, nem porque os peões também tendem a gritar impropérios.
Para o nabo o dia em que chove e eles podem finalmente sair com os seus carrinhos impecavelmente limpos e sem qualquer arranhão e praticam a sua actividade favorita é um dia perfeitamente Zen....Mas no mundo real a história é outra.