segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Vampirismo emocional

Ao deambular pelo vasto mundo da Internet deparei-me com um artigo sobre pessoas que vivem apenas do prazer de sugar a energia , vitalidade e alegria daqueles que os rodeiam...verdadeiros vampiros emocionais.
Apesar de já ter observado estas criaturas em acção não me tinha passado pela cabeça baptiza-los de vampiros.
Geralmente, a conotação que se dá a estes personagens ( excepto se for uma versão americana ) é a de que são pessoas de elegantes, de nível intelectual e cultural elevado,de gostos requintados e cuidados durante séculos de existência e tirando as suas “preferências alimentares” são até companheiros bem agradáveis.
O mesmo não se pode dizer destes denominados “vampiros emocionais”, que são pessoas soturnas, negativas e cujo único interesse é fazer com que aqueles que os rodeiam se sintam igualmente miseráveis.
Quantas vezes não nos deparamos com este tipo de criatura no lugar de trabalho, o mau humor é tão evidente que se sente na própria estrutura do escritório.
A sugestão do artigo que li, era para que nos afastássemos destes personagens o mais rápido possível, mas esta missão revela-se impossível nos tempos que correm, porque a maioria da população está afectada directa ou indirectamente pelo vampirismo.
È como uma epidemia devastadora. Dizem alguns que a culpa é da crise, pois a pobre da crise tem costas largas. Não o vampirismo é bem mais anterior do que a crise. Há algum tempo atrás chamavam-lhe falta de sexo e na minha opinião este continua a ser o grande motivo do mau humor...falta de sexo.
Pessoas que não tem vida própria, que não estão satisfeitas com aquilo que têm e que cobiçam a toda a hora aquilo que é de outrem precisam de se dedicar a sua satisfação sexual.
Uma vez satisfeitas estas criaturas deixavam de olhar para os outros, de serem tão negativamente competitivos e tão socialmente incómodos.
O problema é que o seu grau de insatisfação poderá já ter levado a uma ostracizarão e não haver ninguém por perto. Mas também esta situação é facilmente superada....
Não existem barreiras, nem limites neste campo da nossa vida. Quem faz as barreiras somos apenas e só nós mesmos. Por isso aqui fica um apelo a todos os vampiros emocionais da nossa sociedade, vão procurar a vossa satisfação sexual e deixem o resto do mundo viver feliz com a sua.

A teoria dos 3 macaquinhos ...


Não vejo.....o chapéu de chuva está enterrado até ao pescoço e funciona como palas nos olhos dos burros. Os olhos presos no chão enquanto caminho. A mesma rotina todos os dias. Não há novos objectivos. Não há novidades que sejam de meu interesse, por isso para quê olhar para o que me rodeia.
O olhar preso no horizonte! Não, não é um olhar que delimita novos rumos para a vida é apenas um olhar vazio que espera ver o autocarro chegar como todos o dias.
Não ouço... O MP3 enfiado nas orelhas , a mesma musica todos os dias, o mesmo nível de som para evitar ouvir o mundo que me rodeia.
Ouvir noticias?? Claro que não. Que horror tomar conhecimento de que o mundo existe e nele outras pessoas. Saber o que se passa no mundo e perder esta música de Kizomba que já ouvi cinquenta mil vezes.Nem pensar.
Não falo... Falar para quê ? o mundo á volta não quer saber de mim, está tão centrado no seu próprio umbigo que nem dá pela minha existência, ou será culpa do MP3?? Mesmo que alguém me ouvisse iria falar de quê, se não sei em que sociedade vivo.

Será então que a atitude de isolamento estará correcta. Será que deveria desligar o MP3, tirar os olhos do chão e agir como ser societário que naturalmente sou? Poderia contribuir para o mundo com um sorriso, uma opinião ou ser apenas uma cara na multidão que demonstra actividade intelectual. Se assim fosse seria muito mais feliz... não me sentiria emocionalmente desgastada, deixaria de ser um zoombie e tomaria as rédeas da minha vida..
Não...Não vale a pena. Prefiro viver no mundo das novelas TVI, revistas cor de rosa e kizomba.. o mundo lá fora é feio demais, é real demais para o meu gosto.