Um dia perguntaram-me de que tens medo? O meu instinto foi responder de nada.
Dizem os entendidos que a reposta espontânea é geralmente a mais correcta, mas a realidade é que após a emissão destas palavras comecei a pensar, será mesmo verdade.
Dizem os entendidos que a reposta espontânea é geralmente a mais correcta, mas a realidade é que após a emissão destas palavras comecei a pensar, será mesmo verdade.
Eu tenho muitos medos, ou serão apenas receios?
Eu deixo-me castrar pelos meus medos ou será que eles não existem e são meras desculpas por mim inventadas para não fazer algo que sei que devo fazer para o meu bem.
Não sei.
Até hoje só uma coisa me amedrontou realmente e foi perder as pessoas que adoro. Morrer não me assusta, alguém próximo morrer já é outra conversa.
Pior ainda será se esse alguém desaparecer sem que eu possa fazer algo para o impedir e não estou a falar de lutar contra doenças incuráveis ou coisas desse tipo, apenas impedir ou evitar uma desgraça maior através de aconselhamento ou puro apoio a quem precisa.
Também tenho consciência que estas coisas fogem ao nosso controle. As pessoas afastam-se ou são forçadas a afastar-se de nós, o mundo mete-se no meio, os mal entendidos sucedem-se e nós ficamos impotentes face a tudo o que anteriormente parecia tão certo.
Sim, afinal tenho medo...tenho pânico de perder as pessoas que mais adoro sem poder lutar contra aquilo que as vai afastar de mim e há vezes em que as quero colocar em redomas e proteger do mundo, há dias em que as quero levar para casa, para a minha casa perfeita e harmoniosa e mostra-lhes o que é realmente viver e ser feliz, há vezes em quero mostra-lhes que existe outro mundo e nesse poderiam ser quem realmente são.
Enfim....mais uma vez divaguei, mas é o que sinto e o que desejo com o mais profundo do meu ser. É aquilo que eu sou e sempre serei.